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OS PORTUGUESES MAIS “VELHINHOS” E AINDA PARA AS CURVAS


Pedro-Lamy

PEDRO LAMY

A montagem que alguém realizou está fantástica porque é espelho fiel da carreira de um dos nossos mais internacionais pilotos da actualidade.
 
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Com 41 anos continua a ser rápido e bastante consistente daí não ter dificuldade em encontrar equipas lhe queiram oferecer um lugar para participar em provas de endurance como foi já o caso deste ano em que participou nas 24h de Daytona e 12h de Sebring. Foi um dos poucos pilotos que segui a sua carreira de perto em especial nas formulas de promoção até chegar à Formula 1. Após o acidente que sofreu na F1, o fraco Minardi que pilotava e os poucos patrocinadores que tinha “ajudaram-no” a deixar a F1.
 
Continuou a sua carreira no DTM e em categorias de GTs mas o que mais me vem à memória foi sem dúvida quando ingressou na equipa3 da Peugeot para estes darem luta à Audi que dominava as provas e campeonatos de Endurance em especial as 24h de Le Mans.
 
Ter sido campeão do campeonato Le Mans Series LMP1 em 2007  foi o seu maior feito, esteve no pódio nas 24h de Le Mans, enfim, enumerar aqui as vitórias do Pedro seria preciso bastante “papel” por isso fico-me pelo piloto Português mais completo e com maior sucesso no historial do nosso desporto Motorizado.
 
Hoje é um piloto tipo freelancer, é pago para fazer o que mais gosta, é certamente um piloto que ainda vai dar que falar.
 
 
 


 

JOÃO BARBOSA

 
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João Barbosa, 38 anos, era para mim um piloto Português que “desconhecia” até que em 2008 “tropecei” nele quando estava a ver uma prova em directo da Grand-am Series na net,  foi ” amor ” à primeira vista, era bastante rápido e agressivo.
 
Apesar de nada saber dele nunca mais perdi uma prova sua,  fosse na Grand-am, ALMS , 24H de Le Mans ou mesmo uma prova que fez da Nascar numa categoria inferior que a segui atentamente através de um live timing muito rudimentar.
 
Da sua carreira antes de 2008 pouco ou nada sei, apenas que por não querer andar atrás dos patrocinadores preferiu emigrar para os EUA à procura de fazer lá a sua carreira desportiva e hoje é, reconhecidamente,  um dos melhores pilotos da Grand-am.
 
 
 
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Em 2010 teve o ponto mais alto da sua ainda curta ( esperemos) carreira ao vencer as 24h de Daytona com uma equipa que se estreava no campeonato, a Action Express Racing.
 
O resto de 2010 e 2011 foram um conjunto de provas frustradas em que e principalmente a falta de um piloto à sua altura para conduzir o seu Daytona prototype nº9 foi a razão para essa frustração.
 
Em 2012, depois da equipa ter, finalmente, mudado o seu colega de equipa, teve, então, o seu melhor ano ao vencer 2 provas do campeonato. Desavenças com vários pilotos em pista foram, talvez,  a maior razão para não ter ido mais longe no campeonato. de qualquer das formas ficam as vitórias com duas conduções verdadeiramente fantásticas, a atacar e ultrapassar quando era preciso e a defender quando a isso era obrigado.
 
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Este ano, depois de nova mudança de companheiro de equipa, eis João Barbosa de novo preparado para o ataque.  Não começou bem especialmente no circuito das Américas onde o seu colega entrou em desacordo com um rival no que diz respeito a espaço em pista ( ossos do oficio ) mas tem ainda tempo para recuperar e pode ser já este fim de semana numa pista em que o seu Chevy DP nº9 irá estar no “seu” terreno” de eleição.
 
Gosto de todos os pilotos Portugueses mas este é sem dúvida o “meu” piloto Português preferido.
 


 

TIAGO MONTEIRO

 
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Tiago Monteiro tem 36 anos, bem conhecido dos Portugueses teve o seu ponto mais alto em 2005 no GP dos EUA de F1 em Indianapolis onde levou a bandeira Portuguesa ao lugar mais baixo do pódio (3º). Eu sei, eu sei, só participaram 6 monolugares mas alguém tinha de chegar em 3º não é ?? E daqui a 20 ou 30 anos quem se vai lembrar desse episódio dos pneus em Indianapolis  ?? Para a história ficou um pódio para o Tiago e isso é que interessa.
 

Tiago Monteiro apareceu nos meus horizontes quando este foi experimentar as formulas de promoção norte americanas, a partir daí não foi difícil seguir-lhe o “rasto”, a ascensão à Formula 1 e depois a vinda para o WTCC onde permanece.
 
Tiago Monteiro é um daqueles pilotos em que é difícil não se gostar dele, é pacato, bem falante e sabe gerir bastante bem a sua imagem.
 
 
 
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Quando o Tiago põe o capacete de competição quase diria que nada muda,  conduz de uma forma tão macia que chega a ser irritante por vezes. Existem pilotos (muito poucos) que parece terem nascido com o dom da velocidade e Tiago não é certamente um deles, falta-lhe os 0,5 ( ou mais) décimos que fazem a diferença dum grande piloto para um fantástico piloto, também a agressividade não sendo o seu forte acaba por lhe ser extremamente prejudicial visto que não intimida os outros concorrentes o que torna a sua tarefa de subir na classificação quase impossível.
 Então como é que um piloto que lhe falta agressividade para compensar a falta de velocidade ( relativo) na pista consegue manter uma carreira ao nível da sua ?? Boa pergunta com uma resposta simples,  gestão da sua carreira, sabe mexer-se neste mundo dos automóveis onde o dinheiro é muito importante e as influências também.

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Este é um daqueles pilotos que seria bastante bom em corridas de endurance, a consistência e a experiência são as melhores características que um piloto pode ter neste tipo de provas e Tiago tem-nas. É também um excelente companheiro de equipa, quando a lança falha ( o piloto nº 1)  pelo menos o escudo corta a meta ( Tiago).
 
Gosto muito do Tiago ( não parece) e embora não tenha sido nada meigo é  porque sei que ele é capaz de fazer melhor, basta para isso ser mais agressivo ( como foi já este ano em Itália ) e melhores resultados aparecem.
 
 
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Um novo ano começou e, apesar de não ter gostado nada de ver os Chevy Cruze a dominarem, tenho a esperança que Tiago e o seu Honda Civic consigam fazer a sua melhor época de sempre no WTCC.  Sendo a equipa Honda uma rookie , é nestes casos que um piloto com as características como tem o Tiago melhor se evidenciam.
 
Vamos lá Tiago e pé na tábua ou melhor no acelerador.

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