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Razia lusa lá para os lados de Indianapolis

Espero sinceramente que Álvaro Parente, Filipe Barreiros e Francisco Guedes, que vão competir nas 24 horas de Spa, daqui a umas horas, tenham melhor sorte que João Barbosa, Filipe Albuquerque e Rui Águas, que foram atingidos por um “tornado”  no circuito de Indianapolis, enquanto competiam no GP do Brickyard, prova pontuável para a Grand-am Series e com o aliciante de que Barbosa, na classe DP e Albuquerque, na classe GT, poderiam trazer para “casa”, a Taça NAEC, em ambas as classes.

 

racing hard

racing hard

 

Poderiam, mas não trouxeram e não demorou muito para que as esperanças lusas se desvanecessem.

Poucas voltas após o inicio da prova e quando seguia em terceiro, o primeiro português a ser atingido, foi João Barbosa, pelas mãos do seu companheiro de equipa, Christian Fittipaldi, que devido a uma peça qualquer que se partiu na suspensão traseira do seu Corvette nº5, despistou-se e teve que ir até à sua garagem para reparações, onde por lá ficou, até que a peça fosse substituída, retornando à prova com 7 voltas de atraso e em último na sua classe.

 

Popow/dalziel, a dupla vencedora e líder nos pontos

Popow/dalziel, a dupla vencedora e líder nos pontos

O despiste de Fittipaldi, levou a que o safety car entrasse em pista, o que muitas equipas aproveitaram para irem até à box e reabastecessem, outras aproveitaram a deixa e permaneceram em pista, para ganharem umas posições.

Por esta altura Filipe Albuquerque, no seu Audi R8, estava em 2º e a ter uma acesa luta pelo comando da classe GT, enquanto Robert Kauffman, companheiro de equipa de Rui Águas, fazia o primeiro turno ao volante do Ferrari 458 e seguia nas últimas posições.

 

 Albuquerque/Mortara

Albuquerque/Mortara

De volta à prova e mais um português de fora, Rui Águas ficava pelo caminho, sem sequer tocar no vloante do Ferrari, depois de Kauffman se envolver com Eliseo Salazar, ficando ambos de fora. Esta carambola, deu direito a mais uma entrada do safety car.

 

Mais umas equipas aproveitaram esta “paragem” para ir até à box e Filipe Albuquerque aproveitando uma boa paragem, fica com a primeira posição.

 

Águas/Kauffman

Águas/Kauffman

Só que foi sol de pouca dura, uma penalização, e o piloto português teve que arrancar do último lugar na classe, ainda assim, começou a ultrapassar um a um os pilotos que lhe apareciam pela frente, até se envolver com um adversário enquanto lutava pela posição.

A luta foi de tal forma intensa que, mais uma vez o safety car entrou em pista, para poderem ser recolhidos o Audi do português e o BMW de Billy Johnson.

Estava concluído o fim de semana dos pilotos portugueses em Indianapolis e a esperança de ganhar a Taça NAEC.

 

Papis/Segal, a dupla vencedora na classe GT

Papis/Segal, a dupla vencedora na classe GT

A prova continuou e lá na frente, os BMW/Riley da equipa Ganassi mostravam-se muito competitivos, Scott Pruett, mais tarde ou mais cedo, iria liderar a prova, era apenas uma questão de voltas e o seu colega de equipa, num outro Riley, Tony Kannan, apesar de se estrear nestas andanças, vinha logo atrás.

 

Acabou por conseguir a liderança, só que durou pouco, uma acesa disputa lá na frente entre vários DPs e um exagero levou a que se despistasse, perdendo imensas posições, teria que começar tudo de novo, o que não pareceu muito difícil tendo em conta que terminou a prova em 2º e em cima da dupla vencedora.

 

Barbosa/Fittipaldi, continuam na luta apesar deste contratempo

Barbosa/Fittipaldi, continuam na luta apesar deste contratempo

Pois é quase me esquecia da dupla vencedora, Ryan Dalziel e Alex Popow, que souberam gerir a sua prova, evitando as armadilhas que iam aparecendo na pista e com a ajuda de uma excelente estratégia, para além de um excelente Riley bem afinado, com um motor BMW cheio de potência, os colocou na frente da prova, na altura que mais interessava e que era a parte final da mesma.

 

Outro rookie nestas andanças da resistência, era Rubens Barrichello, que fruto de uma arrojada estratégia por parte da sua equipa, viu-se na liderança da prova, tendo que a entregar, por ter que fazer uma paragem nas boxes, para colocar algum combustível, de modo a poder cortar a meta.

 

Falta apenas saber quem cortou a meta em terceiro e essa dupla foi, Alex Gurney/Jon Fogarty, que demonstrou que os Corvettes, fossem eles de que equipa fossem,  não tinham andamento para os Riley em Indianapolis.

João Barbosa terminou em 25º na geral e em 14º na classe, recuperando 2 posições, devido às desistências das duplas Angelelli/Taylor e Frisselle/Frisselle, devidos a problemas.

 

Na classe GT, a dupla vencedora foi Max Papis/Jeff Segal em Ferrari 458 e a dupla Albuquerque/Mortara terminou em 33º na geral, 14º na classe, enquanto o último lugar foi, em ambos os casos, para Águas/Kauffman.

 

As Taças NAEC foram para Pruett/Rojas na classe DP e para Liddell/Edwards na classe GT.

Quantos aos portugueses nesta Taça, João Barbosa ficou em 2º a 2 pontos e Filipe Albuquerque em 5º a 14.

 

Em termos de campeonato, Popow/Dalziel, com a vitória, passaram a estar sozinhos na frente, mas vejamos como estamos de pontos para os 6 primeiros, que são os únicos que poderão lutar pelo titulo:

 

  1. Popow/Dalziel – 229 pontos;
  2. Fogarty/Gurney – 219;
  3. Taylor/Angelelli – 210;
  4. Christian Fittipaldi – 207;
  5. João Barbosa – 205;
  6. Rojas/Pruett – 204

 

A vida tornou-se bem mais complicada para a dupla luso/brasileira, mas esta, já mostrou do que é capaz, resta esperar que a próxima prova, que se irá realizar em Road América, a 10 de Agosto, lhe corra bem melhor.

 

 

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