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Yvan Muller e José Maria Lopez vencem na Argentina

Muito boa estreia deste país e do seu circuito no WTCC.

Quando um traçado é largo e tem alguns locais para ultrapassagem, como é o caso do Autródromo das Termas do Río Hondo, o espectáculo é garantido e foi o que aconteceu em ambas as provas, na tarde de ontem.

 

Prova nº 1

 

Yvan Muller a fugir do pelotão

Yvan Muller a fugir do pelotão

 

Não se pode dizer que para o 1º lugar tenha havido grande emoção, especialmente na 1ª prova, em que Yvan Muller no seu Chevrolet Cruze, saiu da pole e foi-se embora, literalmente do pelotão.

 

Foi para os lugares seguintes que tivemos oportunidade de ver verdadeira competição, ou diria, confusão, em que mais de meia dúzia de pilotos davam o que tinham e não tinham, para levar de vencido o seu mais directo adversário do momento, visto que este mudava constantemente.

 

Tiago Monteiro fez uma grande recuperação

Tiago Monteiro fez uma grande recuperação

Enquanto Pepe Oriola, que terminou em 2º, Tom Chilton em 3º, Tarquini em 4º, José M. Lopez em 5º, Michel Nykjaer em 6º, Michelisz em 7º, se travavam de razões para ver quem ficava no 2 últimos lugares do pódio, Robert Huff em Seat e Tiago Monteiro no seu Honda, que partiam do 23º e 22º lugares da grelha, devido a trocas de motores durante os treinos livres,  fizeram uma grande recuperação, ultrapassando os adversários que se encontravam à sua frente, terminando as suas provas em 8º para o actual campeão do WTCC e em 10º, para o piloto português. Foram sem dúvida duas grandes recuperações.

 

Se a 1ª prova tinha sido bastante boa para quem gosta de corridas de automóveis, a 2ª prometia ainda mais, com o vencedor entalado no meio do pelotão.

 

 

 

 

 


 

Prova nº2

 

José Maria Lopez a vencer a 2ª prova

José Maria Lopez a vencer a 2ª prova

 

Nesta corrida iríamos ter a partida com os carros parados e a grelha de partida prometia com o herói local, José Maria Lopez com a pole, no seu BMW e Nykjaer ao seu lado, no seu chevy Cruze.

Atrás estavam Names Nash, também em chevy e Tiago Monteiro no seu Honda.

Na 3º linha eram mais dois chevys, o de Alex MacDowall e o de Pepe Oriola, para na linha seguinte termos mais 2 Hondas, o de Tarquini e Michelisz e, finalmente na 5ª,  tínhamos os chevys de Tom Chilton e Muller.

 

Monteiro e Muller em acesa batalha

Monteiro e Muller em acesa batalha

As luzes verdes acenderam e grandes arranques para o argentino, que de imediato ganha alguma vantagem e de Monteiro, que conquista o 2º lugar, tentando manter-se a pouca distância do primeiro.

 

Depois destes dois, era, mais uma vez, uma grande confusão, com os carros a trocarem as suas pinturas, empurrarem-se uns aos outros, na ânsia de ganharem posições, situação, que de resto, permaneceu durante o resto da prova.

 

Com as voltas a diminuírem de cada vez que os carros passavam na linha de meta, lá na frente, o português não desistia de perseguir o argentino, com a distância entre eles a não passar do 1,5 seg e, mais atrás, Muller dava e aproveitava-se dos encostos e toques entre ele e os seus adversários, para chegar ao 3º lugar, começando de seguida, uma perseguição que viria a ter sucesso aos dois primeiros.

 

Acesa batalha para as posições do pódio

Acesa batalha para as posições do pódio

E eis que, depois de se colar ao pára choques traseiro do Honda de Tiago, Muller, depois de várias tentativas, dá um toque mais forte e desequilibra de tal forma o Honda do português, que este saiu de pista, tendo como consequência uma passagem pelas boxes para o francês, por conduta imprópria na pista e o português com a sua prova estragada, acabando, ainda assim em 6º.

 

Se tivesse escrito este artigo ontem, com as emoções no seu ponto mais alto, Muller não teria escapado a uma série de nomes bem feios, mas a verdade é que neste tipo de corridas, o pára choques pode ser uma grande arma para ganhar posições, se for bem usado, o problema é que o francês usou e abusou e foi penalizado por isso.

 

Ó vermelho, como é que safas dessa ??

Ó vermelho, como é que safas dessa ??

Quanto ao Tiago Monteiro, não é a primeira nem segunda vez, que “digo” que ele precisa de ser mais agressivo, faça o mesmo que lhe fazem a ele, que ganha respeito dos seus adversários e se irão lembrar, de como ele pode reagir em futuras ocasiões como esta.

As corridas são mesmo assim, é isto que que os fãs deste desporto gostam, batalhas apertadas, toques e encostos, para no final vencer o melhor.

 

É claro que tendo um piloto português pelo meio, torna-se mais complicado, mas recordo-me de na prova realizada umas horas antes, estar a implorar ao Tiago para usar o pára choques, de forma a continuar a sua caminhada para a frente.

 

No meio desta confusão, o argentino ganhou uns segundos aos seus perseguidores e cortou a meta isolado, conseguindo um feito fantástico, que foi vencer na sua estreia no WTCC.

 

Em segundo ficou Tarquini, o 3º foi para Oriola, o 4º para Nykjaer, o 5º para Michelisz, quanto a Tiago, cortou a meta em 6º.

 

Em termos de campeonato, Yvan Muller não foi beliscado no seu domínio nesta tabela, visto que a sua vantagem não pára de aumentar para o 2º classificado, que é agora de 132 pontos, ou seja, pode ficar em casa nas 3 próximas jornadas do calendário, que mesmo assim, ninguém o tira do topo.

 

Quanto a Tiago Monteiro, conquistou 9 pontos, continuando em 11º, mas mais próximo de MacDowall que está à sua frente, com apenas 2 pontos de vantagem.

 

A próxima jornada do WTCC, será nos EUA a 7 e 8 de Setembro e será o circuito de Sonoma, nos arredores de São Francisco, que mais duas batalhas irão acontecer.

 

 

 

 

 

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