Sebastien Ogier, um Sr em Monte Carlo

O bi-campeão do mundo, Sebastien Ogier, venceu o seu 3º Monte Carlo de uma forma, diria gelada, tal foi a maneira como abordou um rally cheio de armadilhas devido ao asfalto coberto ou não de gelo, em que se destacavam a escolha de pneus para andar depressa sob essas condições, algumas delas verdadeiramente traiçoeiras.

Vejamos como aconteceu, recuando até 5ª feira à noite, altura em que os carros fizeram dois troços de noite, simplesmente para “aquecer” um ambiente verdadeiramente gelado.

Para tornar mais emocionante esta edição do Rally de Monte Carlo,

Sebastien Loeb iria estar presente ao volante de um dos três Citroen oficiais. 

E foi mesmo ele quem começou por abrir as hostilidades, ao vencer o 1º troço, deixando a concorrência a “anos luz”.

Quiçá, um pouco surpreendido com os 30 seg que perdeu para Loeb, Ogier carregou no acelerador no 2º troço e devolveu-lhe 17, ficando 13 a separá-los para o 2º dia.
Estava visto que este rally iria ser uma “conversa particular” entre os sebastiões. 

E assim foi, o dia de 6ª feira iria viver à custa da parada e resposta de cada um deles, consoante as escolhas de pneus que iam fazendo para abordar os 6 troços que tinham pela frente.

Infelizmente, o rally “acabava” no último troço do dia, com Loeb a levar longe demais a sua vontade de vencer, referindo ele mesmo que tinha arriscado demais com a escolha de pneus para surpreender.

Acabou por ser ele o surpreendido !!

Também Kris Meeke iria ter problemas neste troço, ficando a marca francesa representada lá na “frente” por Mads Ostberg, que vinha fazendo um rally regular, enquanto se ia entretendo com os jovens pilotos da Ford.

Eram eles, Ott Tanak e Elfyn Evans, visto que, por esta altura, já Robert Kubica tinha tido várias saídas de estrada, algo que ele já nos habituou.

Quanto à Hyundai, era preciso olhar para a parte de baixo dos 10ºs para encontrar Thierry Neuville e Dani Sordo.

Decididamente estes Hyundai não sabiam andar depressa.

Quem também não andavam depressa eram os VW Polo de Latvala e Mikkelsen, apenas o suficiente para serem os 3º e 4º classificados, quem sabe, à espera que algo lá na frente acontecesse para eles facturarem, o que efectivamente viria a acontecer.

O 3º dia do rally viria a ter como protagonistas principais Kubica, Loeb e Meeke, enquanto Ogier, Latvala e Mikkelsen iam controlando o andamento dos adversários, já a pensar nos pontos para o mundial.

O 4º dia iria ser a consagração das 3 equipas da VW,

com Sebastien Ogier a ser o melhor de todos em Monte Carlo, sendo ainda o primeiro comandante do mundial de rallies, pelo menos até ao Rally da Suécia.

Ostberg terminaria em 4º, enquanto os seus colegas de equipa Loeb em 8º e Meeke em 10º.

Este último venceria a power stage, conseguindo 3 pontos de bonificação para a contagem dos pontos.

Para a Hyundai restou a 5ª posição de Neuville e a 6ª de Sordo depois destes dois se terem envolvido numa batalha que os animou durante o 4º dia do rally. 

Animada não deve estar, no entanto a marca sul coreana com o ritmo do seu i20 nas estradas monegascas, a ver vamos como vai ser no gelo e neve da Suécia.

Para a Ford, apesar de algumas vitórias em troços de Kubica, Elfyn Evans seria o  melhor na 7ª posição, enquanto Tanak e o polaco ficariam pelo caminho.

Agora que o Rally de Monte Carlo já faz parte da história, é tempo de virar agulhas para a Suécia, palco da 2ª ronda do WRC, com as máquinas a irem para a estrada no dia 12 de Fevereiro.

Venha ele !!