As fotos do fim de semana

Excelente na Austrália, de confirmação em Hockenheim e porque não em Franciacorta, penoso no Estoril e um grande galo no Kansas, eis como poderia definir o fim de semana de corridas que “agora” terminou.

Excelente pela forma como Miguel Oliveira venceu o gp da Austrália de Moto 3, ao saber defender a 1ª posição durante a última volta, enquanto procurava ganhar uns décimos de segundo, capazes de o manter “longe”  da concorrência, quando tivesse que abordar pela última vez a recta da meta e a consequente bandeira de xadrez. 

Com mais esta vitória, a 4ª da temporada, ouviu-se pela 4ª vez o hino nacional, este de madrugada.
E tão bem que soube ouvi-lo a essa hora !!

Em termos de campeonato e apesar da queda, quiçá provocada por ele próprio, Danny Kent continua a liderar confortavelmente, tendo 40 pontos de vantagem para o piloto português e 56 para Enea Bastianini, que, esse sim, se pode queixar da ultrapassagem meio suicida do piloto inglês. 

A ver vamos se na Malásia, palco do penúltimo grande prémio da temporada, a KTM “lusa” vai ter unhas para fazer frente à Honda “inglesa” da Leopard Racing.

Excelente, para não dizer grandiosa, foi a corrida da MotoGP, com Jorge Lorenzo, Marc Marquez, Andrea Iannone e Valentino Rossi, a serem o expoente máximo dessa grandiosidade.

Muito provavelmente os dedos das mãos e dos pés não iriam chegar para contabilizar a quantidade de ultrapassagens que este 4 pilotos executaram entre si.

Uma coisa é certa, é disto que o povo gosta !!

Quem também terá gostado particularmente foi o vencedor, Marc Marquez, que teve de se aplicar a fundo, para roubar uma vitória que ao inicio da última volta, parecia encomendada para Jorge Lorenzo.

Contente estava também Andrea Iannone, conseguindo o 3º lugar do pódio e dando a sensação que seria capaz de ir mais longe, tivessesm todos os factores jogado a seu favor. 

Fico na dúvida qual dos dois pilotos da Yamaha tem mais razões para sair cabisbaixo de Phillip Island, se Jorge Lorenzo por ter perdido uma vitória quase certa, se Valentino Rossi, por ter “deixado” que a Ducati terminasse à sua frente.

E assim, com apenas 11 pontos a separarem a Yamaha italiana da espanhola, o próximo grande prémio a realizar no domingo que vem e que será na Malásia, promete mais do mesmo.

Da excelência na Austrália, para a confirmação de Pascal wehrlein como campeão 2015 do DTM, na última jornada em Hockenheim.

Sem precisar de vencer nenhumas das 2 corridas do fim de semana, ao piloto da Mercedes bastou controlar a concorrência, dando-se inclusivamente ao luxo de terminar a última corrida do ano na 20ª posição.

Quanto aos vencedores das corridas, Timo Scheider venceu a de sábado e …

Jamie Green a de domingo, conseguindo com o “golpe”, ficar em 2º na classificação dos pontos.

Por falar em pontos, com os conseguidos pelo 7º lugar de António Félix da Costa na corrida de domingo, após uma grande recuperação que começou no 20º lugar, a BMW sagrou-se campeã de construtores dos turismos alemães.

Enquanto o piloto português promete continuar em forma com a 2ª temporada da Formula E, que para o próximo fim de semana se inicia em Xangai, o DTM vai de férias, para voltar em 2016. 

Por falar em 2016, parece cada vez mais certo que Petter Solberg será quem vai defender o titulo de campeão de pilotos para o ano, faltando-lhe apenas conquistar 5 pontos na última ronda a realizar na Argentina, para renovar aquele que conquistou em 2014.

Quanto ao vencedor no circuito italiano de Franciacorta, onde se realizou a penúltima jornada do WRXC, esse foi Andreas Bakkerud.

Satisfeita saiu  também de Itália a Peugeot, conseguindo o titulo de equipas pelo Team Hansen.

Ainda que em “casa”, já não me recordo se “tirei” esta foto antes ou depois das 4 horas do Estoril, tão destroçado fiquei, ao ver que o titulo de pilotos na categoria LMP2 do ELMS, tinha fugido a Filipe Albuquerque por entre uns pingos fortes de chuva na curva 2, apanhando o seu colega de equipa, Simon Dolan desprevenido, acabando por ficar o Gibson nº38 da Jota Sport “entalado” na gravilha.

O “entalanço” foi de tal forma, que permitiu ao Gibson nº41 da Greaves Motorsport terminar em 2º e, consequentemente, arrecadar o titulo para os seus 3 pilotos e ainda o de equipas. 

Decididamente as relações entre o autódromo do Estoril e Filipe Albuquerque andam pelo mundo da amargura, precisando urgentemente de ser “reparadas”, sob pena de o mesmo voltar a acontecer em 2016, o que seria intolerável, visto já 2 títulos se terem perdido.

Não tão penoso terá sido o fim de semana de Matt Kenseth na oval do Kansas, mas que teve galo, disso não restam dúvidas, senão vejamos:

No sábado, para a corrida da Xfinity Series, ao volante do toyota nº20, dominou a corrida quase por completo, de tal forma que o seu grande adversário e colega de equipa, Kyle Busch, no toyota nº54, afirmou durante a corrida que não tinha carro para lhe fazer frente.

Só que, na última paragem para reabastecimento e troca de pneus, uma afinação menos boa por parte do nº20, enquanto ao nº54 acontecia o contrário, acabaria por equilibrar o “jogo de xadrez” em pista, tornando a corrida bem mais animada para a 1ª posição.

Foram cerca de 20 voltas que estes dois andaram a batalhar fervorosamente, até que, o nº 54 consegue finalmente ultrapassar o nº20, para de lá não mais sair. 

Enquanto Kyle Busch e Matt Kenseth lutavam pela vitória, Chris Buescher controlava os seus maiores adversários na luta pelo titulo, saindo do Kansas ainda confortavelmente no comando, com 27 pontos de vantagem para Ty Dillon, 33 para Chase Elliott e 36 para Regan Smith.

Estes 3 pilotos, aqui personificados por Ty Dillon, vão agora ter de esperar 3 semanas para voltar ao combate, será na oval do Texas, antes de Phoenix e Homestead, onde tudo termina, mas a tarefa parece gigantesca, a não ser que o piloto do ford nº 60 venha a ter problemas.

Voltando a Matt Kenseth, do pequeno galo no sábado, onde perdeu sem apelo nem agravo, para domingo, onde o galo foi de tal forma grande, que pode vir a causar fracturas, primeiro ao próprio senão passar à 3ª fase da Chase após Talladega e depois a outrem, quiçá, segundo ele, o grande causador da “queda”.

Para compreender melhor o que aconteceu, tem que se recuar às últimas voltas da corrida, quando Joey Logano, que lutava pela 1ª posição, “fartou-se” de ser bloqueado pelo nº20 e vai daí, deu-lhe uma “ajuda”, ajuda essa que iria contribuir para que vencesse, enquanto o nº 20 ficava a ver navios, ou melhor, pontos a escorregar por entre os dedos, enquanto tentava evitar que o toyota fosse ao muro.

Com esta vitória, a 2ª consecutiva, ambas na 2ª fase eliminatória da Chase, Joey Logano evitou que qualquer dos outros 11 pilotos na luta pelo titulo, tenham passaporte directo para a 3ª fase, obrigando-os a duas coisas, dormir mal durante a semana e terem de lutar pela vitória e pontos ao mesmo tempo em Talladega, algo que diga-se de passagem, deve ser bem complicado.

Talvez assim se perceba melhor o galo de Matt Kenseth, que em vez de festejar a vitória e o passaporte para a 3ª fase, vê-se na contingência de ter de vencer na superspeedway, ou então terminar entre os 8ºs nos pontos, precisando de muita sorte para que isso aconteça, nomeadamente que, 3, 4 ou mesmo 5 , quantos mais melhor, dos seus mais directos adversários, acabem “embrulhados” num big one, ou 2, quantos mais melhor.

Temos assim uma grande batalha”campal” em perspectiva no próximo domingo, onde apenas Joey Logano se vai rir durante a corrida, ficando por saber, mediante o resultado final, se vai continuar a rir nas corridas seguintes, em especial em Homestead, altura onde das gargalhadas se pode passar aos soluços num abrir e fechar de olhos, que o diga o nº 20.