As fotos do fim de semana

Não vou esconder que à chegada do fim de semana que agora terminou, as minhas expectativas estavam viradas para o retorno do México ao mundial de Formula 1, aos mais que prováveis acertos de contas em Martinsville, mas também havia espaço para o que se iria passar em Barcelona, onde o GT Open fechava as contas 2015.

A razão era óbvia, havia uma dupla de pilotos portugueses que poderiam elevar a minha bandeira ao topo do mundo, trazendo mais um titulo de campeão.

E assim foi, eram sensivelmente quatro e pouco da tarde de sábado, quando Álvaro Parente e Miguel Ramos, graças ao 3º lugar na corrida 1, subiam ao pódio, não só para festejar o que tinham conseguido na pista ao volante do McLaren nº2 da Teo Martin Motorsport, mas também o que conseguiram ao longo do ano e isso foi, terem sido simplesmente os melhores, tornando-se campeões da modalidade. 

Mal refeito da embriaguez provocada pelo Álvaro e pelo Miguel e eis que Rui Águas e Pedro Lamy, na classe GTE-AM do WEC nas 6 horas de Xangai, voltavam a subir aos dois lugares mais altos do pódio, Rui Águas em 1º no Ferrari 458 Itália nº83 e …

Pedro Lamy em 2º no Aston Martin nº98.

Como senão bastasse, em terras do sol nascente, mais concretamente no circuito de Autopolis, o luso/macaense André Couto, secundado pelo japonês Katsumasa Chiyo no Nissan GT-R GT3 nº10, obtinham o 2º lugar na corrida, que iria ser mais que suficiente para fecharem as contas a seu favor, arrecadando o titulo de campeões na classe GT 300 dos Super GT.

Mas os festejos não iram ficar por aqui, no circuito tailandês do Buriram, palco da penúltima jornada do WTCC, Tiago Monteiro, depois de cortar a meta em 7º na corrida 1, vencia a corrida 2.

Infelizmente por aqui a ressaca atacava forte, com o piloto português a ser desclassificado, após ter sido descoberto na inspecção, que o Honda Civic nº18 estava fora “de medidas”.

Entretanto a Honda fez saber que iria apelar da desclassificação, no sentido de igualar na secretaria, o que havia acontecido em pista.

Sem ter de esperar pelo resultado final na secretaria da corrida 2, José Maria Lopez, com a vitória na corrida 1, …

selava o titulo de pilotos a seu favor, sendo este o 2º consecutivo nos turismos da Fia.

Ainda em campeonatos FIA, agora de resistência, a tripla do Porsche 919 Hybrid nº17, Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley, com a vitória nas 6 horas de Xangai, tornava-se campeã de pilotos.

Se a Porsche dominou a seu belo prazer o WEC em 2015, que diga-se de passagem ainda não terminou, faltando ainda as 6 horas do Bahrain, então o que dizer da Mercedes na Formula 1, onde já “arrumou” os títulos de construtores e o de pilotos para Lewis Hamilton, quando à entrada para o gp. do México, ainda faltavam 3 corridas ?

Tem sido uma grande fiesta, ampliada com mais uma vitória no renovado circuito de Hermanos Rodrigues.

Só que desta vez quem dançou no lugar mais alto do pódio foi Nico Rosberg.

Enquanto Lewis Hamilton tinha que se contentar com a 2ª posição, sem nunca ter sido uma grande ameaça para o piloto alemão, Valtteri Bottas dava à Williams o 3º lugar, após uma bonita batalha com o Red Bull de Daniil Kvyat.

Em abono da verdade, os Red Bull até pareciam bem lançados para a 3ª e 4ª posição, mas “quis” Sebastian Vettel que assim não fosse, ao obrigar a entrada do safety car, para poderem remover o seu Ferrari acidentado.

Por falar em Ferrari acidentado, ainda antes da saída de pista do piloto alemão, ficava pelo caminho o de Kimi Raikkonen, cortesia de um incidente de corrida com o Williams de Valtteri Bottas.

Depois dos Mercedes, 1º e 2º,Williams, 3º e 6º, Red Bulls, 4º e 5º, vinham os Force India e se é certo que Nico Hulkenberg bateu Sergio Perez, …

não deixa de ser verdade que os fãs estavam todos do lado do piloto mexicano.

Por falar em fãs, foram fantásticos, dando muita cor e vida às bancadas do bem vindo circuito Hermanos Rodriguez, ao calendário do mundial de Formula 1.

A norte, nos EUA, mais propriamente na pequena oval de Martinsville, também os fãs eram brindados com uma grande corrida da Cup Series, sendo esta a última da 2ª fase da Chase Grid 2015.

Para aqueles fãs que tinham estado presentes na corrida das carrinhas, no dia anterior, então foi um fartote, …

tantas foram as peripécias dessa corrida também.

Enquanto uns pilotos procuravam encontrar o verdadeiro sentido da pista,…

outros, como foi o caso de Matt Crafton, iria ser o 1º a ver a bandeira de xadrez, contribuindo ainda para diminuir a desvantagem que tem para o líder dos pontos, Erik Jones, que ao terminar na 10ª posição, viu encurtar a diferença apenas para 10 em relação ao vencedor e em 13 para Tyler Reddick, que terminaria na 5ª posição.

Quando faltam apenas 3 provas, a primeira das quais a ser na 6ª feira que vem, na oval do Texas, a batalha pelo titulo vai continuar mais quente do que nunca.

Quente para não dizer escaldante, foi a corrida da Cup Series.

Pois é, também por aqui se perdeu o sentido da corrida.

Mais, alguns pilotos, como foram os casos de Brad Keselowski, Kurt Busch e mesmo Joey Logano, encontraram “detritos” no asfalto, de tal forma que se colocaram numa posição extremamente complicada, na luta para obter um lugar na final a quatro em Homestead.

Mas se Brad Keselowski e Kurt Busch foram “agarrados” num incidente próprio de corrida, o mesmo já não se pode dizer de Joey Logano, que se viu a contas com Matt Kenseth, sequioso por igualar a contenda, depois de se ter visto em desvantagem na oval do Kansas e reforçada na de Talladega. 

Vai daí e num único “remate”, portentoso e violento, Matt Kenseth colocou uma igualdade no marcador, que só o será verdadeiramente, se Joey Logano não passar à fase final da Chase Grid, mas isso só depois de feitas as contas, após a 3ª corrida desta fase, que será na oval de Phoenix.

É claro que estes remates trazem consequências, o primeiro já se sabe, foi o a satisfação de Kenseth, o segundo foi o rejubilo da multidão, mas o terceiro pode ser o cartão vermelho, resta saber se a Nascar o irá mostrar. 

Voltando à corrida no verdadeiro sentido da palavra, quem ganhou com a brincadeira foi Jamie McMurray e Jeff Gordon, que viam assim as portas da vitória escancaradas para um deles, restava saber qual deles iria ser o mais forte.

E o mais forte foi Jeff Gordon, que para além de alcançar a sua 93ª vitória na Cup Series, … 

levou para casa o 9º relógio e …

colocou o seu nome na final em Homestead, onde 4 pilotos vão lutar pelo titulo de campeão.

Será que vamos ter um campeão no ano da sua retirada ??
How cool is that !!