Vroomm

Vroomm...



Selecione uma página...

A formula mágica para competir em Talladega

No fim de semana passado, os fãs das curvas para a esquerda tiveram oportunidade de ver aquilo a que se chama a WILD RACE da Chase, ou seja, a corrida selvagem, aquela onde tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer.

 

Estarão a competir ou a dar umas voltas ??

Estarão a competir ou a dar umas voltas ??

 

Assim tem sido durante os anos, os pilotos por mais que se “escondam”, os mais corajosos na frente do pelotão e os mais conservadores, lá atrás, a verdade é que mais tarde ou mais cedo, acabavam por ser apanhados numa situação, que até poderia não ter sido criada por eles.

 

Exemplos destas situações são muitos, basta recordar a prova do ano passado em Outubro, em que Tony Stewart ao tentar bloquear Michael Waltrip, acabou por criar uma confusão tal, que dizimou metade do pelotão, ou seja, aconteça o que acontecer, os acidentes irão sempre fazer parte de provas como Talladega ou Daytona.

De 2, passaríamos a ter 4 lado a lado

De 2, passaríamos a ter 4 lado a lado

Se clicarem  AQUI, facilmente se recordarão que tenho razão.

Portanto, os acidentes nestas ovais são inseparáveis, não é uma questão de onde ou como, mas quando vai acontecer.

 

Mas não são só os acidentes, a única atracção nestas provas, a velocidade e a forma como andam juntos, também é absolutamente fantástica, aliás, foram estas as primeiras razões que me fascinaram quando pela primeira vez vi uma corrida em Talladega, já lá vão uns anitos, ainda o legendário Dale Earnhardt competia na Cup Series.

 

Depois dava nisto

Depois dava nisto

Portanto, acidentes, velocidade, a forma como “correm” e a incerteza quanto ao vencedor, são os denominadores comuns em Talladega e mesmo em Daytona.

 

Infelizmente nesta formula, a palavra competição nem sempre está associada, ou seja, os pilotos são capazes de andar 170 das 188 voltas, simplesmente “a passear” até que, quando “apertados” , sabem que, se quiserem ter um bom resultado, terão de lutar por ele, é nessa altura e após 2 horas, que a corrida começa.

 

Eu compreendo a sua forma de pensar, afinal estão-se a proteger, mas como fã das corridas, eu quero é competição e não me interessa se A ou B estão a lutar pelo campeonato e se C ou D, querem mostrar o seu novo patrocinador, uma corrida destas merece competição da 1ª à última volta.

ou nisto

ou nisto

Vai daí e porque a própria Nascar acha que esta prova deve permanecer no calendário da Chase por ser ESPECIAL, porque não dar-lhe um toque que a torne mesmo especial, era muito simples !!!

 

Bastava atribuir um ponto ao líder de cada volta, ou seja, como a prova tem 188 voltas, um piloto, seja ele qual for, teria à sua disposição 188 pontos, 4 vezes mais que os habituais 47 pela vitória numa corrida normal e que seriam suficientes para colocar o 13º classificado na Chase de volta ao campeonato, teria é que lutar pela liderança da prova volta após volta.

 

Também os outros 12 veriam aqui uma oportunidade, para uns seria voltar ao campeonato, para outros, fugir com ele, isto, já para não falar nos outros 30 pilotos, que querem trazer o troféu para casa, como foi o caso de Jamie McMurry este ano.

Querem mais competição que esta !!!!!

Assim, sim

Assim, sim

Qual seria o resultado de uma prova destas ??

Pelo menos, muita competição, muita confusão e provavelmente meia dúzia de carros inteiros no final da corrida.

 

Seria justo para quem lidera a Chase ??

Provavelmente não, mas eu sou não sou piloto, eu, como fã que sou, quero uma corrida a sério, doa a quem doer, afinal foi isso que me levou a “pagar” o bilhete.

 

E será justo este sistema de pontuação para Talladega, em relação às outras 9 provas da Chase ??

Assim, não

Assim, não

À primeira vista não, mas não é a Nascar que dá à prova de Talladega o atributo de uma prova selvagem, especial e diferente, forçando a que esteja nesse calendário que tudo decide !!!

Então que o seja.

 

Portanto, é na competitividade que está o cerne da questão e não é isso que a própria Nascar tenta proteger o mais possível, em detrimento da própria verdade desportiva.

A Nascar nesse aspecto nunca escondeu o jogo, ou seja, que as corridas são um negócio, uma forma de ganhar a vida e para isso tem que  manter o fã nas bancadas das ovais e, mais importante ainda, “agarrado” à tv de forma a que veja a publicidade que lhe paga para se manter às voltas.

 

Volta após volta, era assim que se iria competir

Volta após volta, era assim que se iria competir em Talladega e Daytona

Falta um aspecto importante e que é a segurança, afinal os acidentes iriam aumentar exponencialmente não é ??

 

Quanto a isso, acham que os pilotos estão preocupados com a sua segurança quando faltam 15 voltas para acabar uma prova nessas ovais, o que eles querem é o troféu, se forem apanhados num acidente, isso faz parte do jogo, sempre foi e sempre será assim, a Nascar que se preocupe com isso, que torne os carros mais seguros e arranje gradeamentos mais resistentes para evitar que os detritos voem para as bancadas, eles estão ali para competir pelo cheque e pelos pontos, já para não falar que o risco sempre fez e fará parte do jogo.

 

Já agora e para encher o “prato”, a Nascar podia usar esse sistema único de pontuação em todas as provas que se realizam em Talladega e Daytona, sem esquecer as categorias inferiores, a Nationwide e a Truck Series.

 

Perante este novo cenário de competição, conseguem ver bancadas de Talladega e Daytona vazias, como tem vindo a acontecer nestes últimos anos ???

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os comentários estão fechados.