O Turbo Ferrari da era moderna
Uma Ferrari muito democrata apresentou hoje em Maranello o seu sexagésimo carro de F1.
Uns largos dias antes, havia perguntado aos fãs que nome teria o novo monolugar e após mais de 1 milhão de votos, o nome escolhido foi o F14-T.
Obrigados a um novo e drástico regulamento, os carros para a nova época de F1 estão mais bizarros que nunca…e ainda só conhecemos oficialmente dois..
O F14-T não foge à linhagem e promete tanto agradar aos aguerridos fãs, como decepcionar os verdadeiros Tiffosi. Já lhe chamam, a baleia, o aspirador, o nariz de Prost, etc.
Com um focinho mais baixo, as suspensões traseira e dianteira não sofreram alterações face aos anos transactos, ainda que colocadas em zonas ligeiramente diferentes. Já a asa traseira sofreu alterações evidentes.
Os novos regulamentos impuseram alterações que fazem requerer um curso mais amplo do sistema de DRS, a menor profundidade da asa traseira, e, finalmente, a remoção do aerofólio (perfil alar) inferior. Face a esta mudança, foi necessário criar uma estrutura de uma posição central para suportar o perfil principal da asa.
A suspensão dianteira viu reduzir 75 milímetros em ambos os lados, a fim de torná-la menos vulnerável a colisões com outros veículos e/ou com as barreiras na pista.
Esta é possivelmente umas das imposições mais ridículas, tendo em conta que de alguns anos a esta parte, foi feito precisamente o contrario. As suspensões cobriam a totalidade da área em frente dos pneus dianteiros, a fim de maximizar o downforce.
O aspecto que suscita mais dúvidas é a refrigeração.
Os carros irão precisar de mais ar para reduzir temperaturas extra de novos componentes nos seus motores.
E nesse aspecto, o F14-T parece menos “trabalhado” que o Mclaren.
As entradas de ar laterais são de dimensões menores, assim como a zona dos travões é mais elementar.
Mas sendo um projecto em desenvolvimento à cerca de dois anos, vamos acreditar que a Ferrari tem o monolugar mais que testado.
O sistema de travagem foi também ele todo remodelado, para mais uma vez obedecer aos novos regulamentos.
Segundo a Ferrari, um dos principais objectivos era aumentar a capacidade de travagem no eixo dianteiro, enquanto que, em estreita colaboração com a Brembo, existe um fluxo de trabalho para reduzir o tamanho das pinças hidráulicas traseiras.
É uma alteração possível graças a uma maior força de travagem, que é assegurada pelo motor ERS.
Especificações técnicas:
- fibra de carbono;
- Caixa de velocidades longitudinal Ferrari;
- Diferencial autoblocante com controlo hidráulico;
- Comando semi-automático sequencial com controlo electrónico;
- 8 velocidades, mais marcha-atrás;
- Travões de disco auto-ventilados em carbono da Brembo;
- Sistema de controlo electrónico sobre os travões posteriores;
- Suspensões independentes do tipo Pull-Rod à frente e atrás;
- Peso com líquidos de 691 Kg;
- Jantes OZ de 13 polegadas.
- Cilindrada – 1600 CC;
- RPM Max. – 15’000;
- Sistema de alimentação – Turbo único;
- Caudal de gasolina – 100 KG/HR MAX;
- Quantidade de Gasolina – 100 KG;
- Configuração do motor – V6 90°;
- Número de cilindros – 6;
- Diâmetro do cilindros – 80 milímetros;
- Curso – 53 milímetros;
- Válvulas – 4 POR CILINDRO;
- Injecção – 500 BAR
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