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A história da Nascar

Antes de começarem esta bonita viagem pelo mundo da Nascar, deixem-me agradecer aos Malucos das ovais, são eles os autores desta peça.

 

Porque os Malucos colocaram-na online em 2010, a partir dessa data e para deixar a história actual, deixo mais umas linhas que pretendem retratar o que de mais importante foi acontecendo até hoje.

 

 

A história da Nascar

O 1º logotipo da Nascar

O 1º logotipo da Nascar

 

NASCAR – National Association for Stock Car Auto Racing é a associação que controla os principais campeonatos de stock-cars dos EUA, Canadá, México e Europa.

 

Esta associação foi criada em 1948 para unificar as muitas corridas de carros de série que se disputavam no país, sem qualquer tipo de regras conjuntas ou sequer organização.

 

 

"Big" Bill France

“Big” Bill France

 

A NASCAR foi fundada a 21 de Fevereiro de 1948, por um grupo liderado por Bill France e Ed Otto, no Hotel Streemline em Daytona Beach. A primeira corrida foi organizada no pequeno circuito de Charlotte Speedway na Carolina do Norte a 19 de Junho de 1949. Nesse primeiro ano, o campeonato “Strickly Stock”, como era conhecido na altura, teve 8 provas e o campeão foi Red Byron, um veterano da Segunda Guerra Mundial.

 

Red Byron, o 1º campeão da Nascar

Red Byron, o 1º campeão da Nascar

Nestes primeiros tempos, os circuitos tinham entre 400 e 1600 metros de extensão e eram todos em terra batida.

 

Muitos dos primeiros pilotos da NASCAR eram veteranos de guerra à procura de satisfazer a sua necessidade pelo perigo e adrenalina e outros eram contrabandistas de “moonshine” (whisky ilegal) nos estados do Sul, onde se disputava o maior número de corridas.

 

Em 1950, a principal divisão da NASCAR passou a chamar-se Grand National e foram permitidas algumas modificações nos carros para melhorar o desempenho e, sobretudo, a segurança.

 

Foi também neste ano que foi inaugurado o circuito de Darlington Raceway, o primeiro traçado permanente com mais de uma milha de perímetro e, também, o primeiro totalmente em asfalto (os carros da NASCAR já tinham competido em Daytona Beach, um circuito que utilizava a praia e uma parte da estrada paralela).

 

Em 1959, Daytona International Speedway abre as suas portas e muda o panorama das corridas de “stock-cars” para sempre. A partir dali, as corridas de carros de série ficaram associadas a velocidades alucinantes e enormes acidentes.

 

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Final das Daytona 500 de 1959. A NASCAR precisou de três dias para decidir o vencedor, pois ningém estava preparado par um foto-finish naquela época

 

 

O pelotão negoceia as curvas 3 e 4 em Charlotte

O pelotão negoceia as curvas 3 e 4 em Charlotte

 

Com a entrada nos anos sessenta, surgiram ainda mais modificações na competição e os “stock-cars” deixaram de ser veículos puramente de série evoluindo para um patamar onde apenas a forma e o aspecto identificavam os modelos, pois tudo o resto era pensado e construído para a competição. Nesta altura, as marcas decidiram apostar forte no desporto automóvel e começaram a surgir na NASCAR as equipas apoiadas pelas fábricas e muitos pilotos enveredaram pelo profissionalismo.

 

Os anos 60 foram de grande florescimento da modalidade, pois foi também nesta altura que surgiram alguns dos circuitos que hoje conhecemos bem como Bristol, Charlotte, Atlanta ou Talladega.

 

Em Charlotte iniciou-se uma tradição que perdura até aos dias de hoje: a corrida de 600 milhas no fim-de-semana do Memorial Day, conhecida, actualmente, como “Coca-Cola 600”.

 

Os fantásticos Dodge Daytona e Plymouth Superbirds negoceiam os esses em Riverside, 1970

Os fantásticos Dodge Daytona e Plymouth Superbirds negoceiam os esses em Riverside, 1970

No início da década de 70 deram-se enormes alterações no disciplina. Em 1972, Bill France Jr. tornou-se o presidente da NASCAR no lugar do seu pai e foi nesse ano, também, que o campeonato Grand National mudou de nome com o patrocínio da tabaqueira  RJ Reynolds Tobbaco,  passando a chamar-se Nascar Winston Grand National Series. O calendário da NASCAR também mudou, com a redução do número de provas para 30 e a eliminação das pequenas pistas de terra batida em prol das ovais de asfalto.

 

Foi neste ano, também, que se iniciou uma das ligações mais famosas e duradouras da história do automobilismo a nível mundial, quando a STP resolveu patrocinar o famoso carro nº 43 pilotado por “King” Richard Petty.

 

Durante a década de 70, a crise energética que abalou todo o desporto automóvel mundial, forçou a NASCAR a mexer nos regulamentos, reduzindo a cilindrada dos motores entre muitas outras mudanças.

 

Esta década viu, também, alguns dos duelos mais impressionantes nas pistas, com as lutas entre David Pearson e Richard Petty (Daytona 1974 e 1976) ou Cale Yarborough e os irmãos Allison (Daytona 1979) a serem os protagonistas, proporcionando momentos televisivos verdadeiramente espectaculares.

 

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 Os irmãos Allison contra Cale Yarborough após as Daytona 500 de 1979

 

Darrel Waltrip celebra a All Star com junior Johnson

Darrel Waltrip celebra a All Star com junior Johnson

 

Cale Yarborough dominou a segunda metade dos anos setenta, vencendo três campeonatos consecutivos entre 1976 e 1978, estabelecendo um recorde que só seria batido em 2009 por Jimmie Johnson, quando conquistou o seu quarto título consecutivo.

 

Em 1979, decorreu a primeira transmissão televisiva integral e em directo de uma corrida da NASCAR. O palco foi Daytona e as famosas 500 milhas.

 

Dale Earnhardt prepara-se para mais uma corrida

Dale Earnhardt prepara-se para mais uma corrida

Com a entrada nos anos 80 surgiu um novo conjunto de pilotos, mais aberto ao convivio com os media e que, tanto em pista como fora dela, asseguravam o necessário espectáculo para as televisões. Entre eles figuram nomes como os de Darrell Waltrip, Dale Earnhardt e Tim Richmond.

Darrell Waltrip iniciou a sua carreira no início dos anos 70, mas só no final dessa década é que começou a dar nas vistas com o carro nº88 da Digard. Porém, foi apenas quando ingressou na equipa de Junior Johnson, em 1981, que começou a ter, verdadeiramente, sucesso com campeonatos ganhos em 1981, 1982 e mais tarde em 1985.

 

 Tim Richmond na brincadeira, como sempre

Tim Richmond na brincadeira, como sempre

Dale Earnhardt foi o “rookie do ano” (estreante) em 1979 e venceu o campeonato logo no ano seguinte em 1980. Mas foi depois de se juntar à equipa de Richard Childress, em 1984, que o sucesso apareceu em força com o registo de mais duas vitórias no campeonato.

 

“Hollywood” Tim Richmond foi uma lufada de ar fresco na NASCAR. O “Rookie do ano” nas 500 Milhas de Indianápolis de 1980, ingressou nos “stock-cars” após a sua mãe o ter proibido de continuar a correr nos indycars por achar estes demasiado perigosos. Tim era simplesmente espectacular em pista e, fora dela, prolongava esse espectáculo. Infelizmente o mundo perdia este grande piloto em 1989, não devido a um acidente em pista mas devido à SIDA. Mais tarde, em 1990, Tom Cruise inspirou-se em Richmond para o seu personagem Cole Trickle no filme “Dias de Tempestade”.

 

Vitória nº200 de Petty com Yarborough a dar luta

Vitória nº200 de Petty com Yarborough a dar luta

Esta década ficou também marcada pela 200ª vitória de Richard Petty na competição, marco assinalado em 1984 em Daytona na “Firecracker 400”.

 

Em 1985, RJ Reynolds convence a NASCAR a criar uma corrida só para os melhores pilotos, que ficou conhecida como “All-Star” e que perdura até hoje sendo realizada sempre na oval “Charlotte Motorspeedway”.

 

Desde o ínicio da NASCAR que existia um segundo campeonato paralelo, conhecido como a “Sportsman Division”. Em 1982, passou a chamar-se Busch Series, devido ao apoio dessa cervejeira, recebendo o nome de NASCAR Busch Grand National Series em 1986. Desta forma, a divisão principal passou a chamar-se NASCAR Winston Cup Series.

 

O avançar dos anos deu à NASCAR possibilidade de renovar-se, embora a década de 90 tenha assistido a um enorme domínio de Dale Earnhardt que obteve o seu sétimo título em 1994, igualando assim neste particular “King” Richard Petty.

 

Dale Earnhardt e Jeff Gordon dominaram a década de 90

Dale Earnhardt e Jeff Gordon dominaram a década de 90

Entretanto, um jovem piloto começou a dar nas vistas em 1995, Jeff Gordon de seu nome. Venceu o seu primeiro título nesse ano e iniciou um domínio que se prolongaria durante a segunda metade da década. Foi também durante este período que os automóveis utilizados pela NASCAR evoluíram de forma a serem cada vez mais carros de corrida e menos veículos de série, aumentando o desempenho na exacta razão do afastamento dos modelos de série.

 

Em 1995 a NASCAR decidiu criar uma divisão nacional de corridas para silhuetas de pickups que ficou conhecida como “NASCAR Craftsman Truck Series”.

 

Em 1996 a NASCAR viajou para longe nas fronteiras dos EUA e deu início a um conjunto de corridas de exibição nos circuitos de Suzuka e Motegi, no Japão, que duraram até 1998.

 

A entrada no século XXI trouxe a tragédia e a necessidade de operar profundas e enormes mudanças nas regras da NASCAR e também no aspecto dos seus campeonatos.

 

Daytona 500 - 2001, o fim para Dale Earnhardt

Daytona 500 – 2001, o fim para Dale Earnhardt

Na primeira corrida de 2001, as 500 Milhas de Daytona, Dale Earnhardt sofreu um acidente fatal na última volta, quando rodava em 3º lugar, logo atrás de Michael Waltrip, o vencedor, e do seu filho Dale Earnhardt Jr., ambos ao volante de carros da equipa de Dale Earnhardt. Esta morte deixou os EUA em estado de choque, forçando a muitas alterações ao nível da segurança, num movimento renovador nunca visto na NASCAR. Deu-se a introdução do sistema HANS,  os carros foram melhorados em termos estruturais e de protecção do piloto, e foram desenvolvidas as barreiras “Safer” para os muros das pistas construídos em betão.

 

Outra grande novidade surgiu em 2004. Após o domínio avassalador de Matt Kenseth no campeonato de 2003 (que o piloto venceu por margem astronómica), a NASCAR decidiu introduzir a “Chase for the Cup”, um sistema tipo play-off em que apenas 10 pilotos poderiam disputar o título nas últimas 10 corridas do ano.

 

Foi também nesse ano que o campeonato mudou de nome devido ao facto da Nextel deixar essa denominação e passar a ser conhecida como Sprint. Por isso mesmo, o campeonato passou a chamar-se NASCAR Sprint Cup Series.

 

Kurt Busch, o 1º campeão da Chase

Kurt Busch, o 1º campeão da Chase

A “Chase for the Sprint Cup” foi um enorme sucesso no primeiro ano de vigência, com 5 pilotos a disputarem o título à entrada para a última corrida. O melhor de todos acabou por ser o jovem Kurt Bush, ao volante de um carro da Roush Racing.

 

Infelizmente para o interesse do campeonato, o formato de “playoff” parece servir que nem uma luva a Jimmie Johnson e à equipa Hendrick Motorsport, que desde 2006 domina a seu belo prazer. Ajudado pelo génio do seu chefe de equipa, Chad Knaus, o piloto do carro 48 conseguiu algo inédito. Venceu cinco campeonatos consecutivos sendo muito provável que não havendo concorrência à altura, consiga rapidamente igualar o recorde de títulos de Petty e Earnhardt.

 

Nesta década, Brian France assumiu o controlo dos destinos da NASCAR (no lugar do seu pai Bill France Jr.), que se tornou no segundo desporto mais visto na televisão americana, a seguir à NFL, sendo o desporto que tem mais espectadores a assistir ao vivo no local.

 

A NASCAR criou também duas novas divisões no estrangeiro: a NASCAR Canadian Tire Series (Canadá) e a NASCAR Mexico Corona Series (México).

 

Jimmie Johnson e Chad Knaus, a dupla maravilha

Jimmie Johnson e Chad Knaus, a dupla maravilha

Em 2008 a Busch Series passou a chamar-se NASCAR Nationwide Series e em 2009 a Truck Series passou a chamar-se NASCAR Camping World Truck Series.

 

Com o inicio de mais uma década e depois dos 5 campeonatos de Jimmie Johnson, em 2011  os fãs tiveram a oportunidade de assistir a uma batalha absolutamente fantástica entre dois pilotos na Chase, que terminou numa igualdade pontual, tendo o desempate sido a favorável a Tony Stewart por via do número de vitórias, cinco contra uma de Carl Edwards.

 

Em 2012 foi a vez de Brad keselowski, com este a oferecer o primeiro campeonato a Roger Penske, ao mesmo tempo que a Dodge conseguia o seu último, visto estar de saída.

 

Em 2013 vieram mais modificações, a geração 6 dos carros da Cup Series entrava em cena.

Para além da segurança e competitividade em pista, este era um carro que pretendia trazer de volta a semelhança aos do dia a dia.

Não só os carros voltaram a parecer-se com os que andam na estrada, como ainda Jimmie Johnson voltou a ser campeão, este era o 6º, quanto ao 7º, esse, a história ainda terá de ser escrita.

 

Para terminar esta jornada, com o inicio de 2014, vieram mais modificações, a qualificação passará a ser em pequenas fases a fazerem lembrar a Formula 1 e a Chase, passará a ser a Chase Grid, onde 16 pilotos terão a oportunidade de batalhar pelo titulo de campeão.

No entanto, desses 16, apenas 4 o poderão ser, isto depois de passarem por 3 eliminatórias, que conduzirão à última prova em Homestead, onde aquele que terminar na posição mais alta, será o campeão.

 

Actualmente a NASCAR é composta pelos seguintes campeonatos:

 

 

Sprint Cup Series

540

 

 

Nationwide Series

541

 

 

Camping World Truck Series

504

 

 

Whelen All-American Series

505

 

 

Whelen Solthern and Modified Tour

506

 

 

 k&N Pro series East and West

507

 

 

Canadian Tire Series

508

 

 

Toyota Series

509

 

 

Whelen Euro Series

510

 

Só falta mesmo, um muito obrigado aos Malucos das Ovais por esta fantástica viagem !!!

 

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