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Porque acompanharei as corridas de resistência

As corridas de resistência são o Cálice Sagrado dos desportos motorizados.

 

La Mans 2013

La Mans 2013

 

As corridas de resistência não são para meninos, aqui a velocidade em pista não conta muito, o que conta mesmo, é a consistência e a experiência. Estes dois fatores são os mais importantes porque, para além de vários pilotos partilharem um carro, sujeitam-se a correr em todas as condições, sejam elas o calor, frio, chuva, sol ou de noite noite.

 

Fazem horas e horas de corrida quase sem parar, ultrapassando carros de diferentes velocidades vezes e vezes sem conta e para além disso, nas corridas mais longas, nem os pilotos nem as equipas têm tempo para poder descansar.

Têm, portanto, que fazer uma gestão das horas de sono, para não voltarem à ação completamente atordoados.

 

A noite, calor, frio e chuva não é desculpa por estas bandas

A noite, calor, frio e chuva não é desculpa por estas bandas

A “endurance” é um desafio em que o homem e a máquina estão em harmonia, ambos são levados aos limites e estes são alguns (dos muitos) motivos que me fazem ver corridas de resistência.

 

A endurance está nos últimos anos a recuperar alguma da sua hegemonia que tinha no passado, e está a expandir-se globalmente, com o “renascimento” de um Mundial de Resistência, o World Endurance Championship (WEC), com um acréscimo do interesse no European Le Mans Series, e com a unificação de dois campeonatos nos Estados Unidos da América que formaram o United Sports Car Championship (USCC) (resultado da fusão do American Le Mans Series e do Rolex Sports Car Series, também chamado de Grand-Am).

 

 

No VROOMM irão ser acompanhados dois campeonatos, o WEC e o USCC.

 

Os GTD e GTLM a competirem em Daytona

Os GTD e GTLM a competirem em Daytona

O USCC está a ser uma aventura nova para quase todos, juntar os carros GT não foi muito difícil, apesar do “Equilíbrio de Desempenho”, que não agrada a todos. Eles mantiveram a categoria GT do ALMS numa classe singular chamada Grand Touring Le Mans (GTLM), e juntaram os GTC do ALMS (basicamente são Porsche 997 GT3 Cup) com os GT e GX do Grand-Am, que têm andamentos similares com os GTC do ALMS, formando a classe Grand Touring Daytona (GTD).

 

Nos protótipos, a coisa está ainda difícil, ss Prototype Challenge do ALMS continuam na sua classe, e os Daytona Prototype (DP) do Grand-Am estão agora na mesma categoria dos P2 do ALMS (aos quais se juntou o famoso DeltaWing), formando a classe Protótipo (P).

 

Classes diferentes a competir ao mesmo tempo

Classes diferentes a competir ao mesmo tempo

Os P1 do ALMS não fazem parte do USCC e os mais rápidos P2, sofreram no equilíbrio de desempenho, e os DP, menos tecnológicos e mais lentos, tiveram um grande aumento de desempenho (e de custos).

Esperemos que com o tempo, os andamentos possam estar perto da perfeição no equilíbrio.

 

O USCC já começou com as 24 Horas de Daytona, no final de janeiro e neste fim-de-semana que se aproxima, temos as 12 Horas de Sebring, mas as restantes 11 provas prometem muita ação, com clássicas como o Petit Le Mans, ou as 6 Horas de Watkins Glen.

 

 

ALMS+Grnad-am = USCC

ALMS+Grnad-am = USCC

E o calendário, um pouco à imagem do que se fazia no campeonato IMSA, terá algumas provas onde correm classes em específico, por exemplo, a 3ª prova, em Long Beach, terá apenas os P e os GTLM em prova, ou então a prova de 2 horas e 45 minutos em Virginia, onde só os GTLM e os GTD estarão em pista.

 

A lista de inscritos é impressionante, na classe P temos os campeões em título das classes superiores do ALMS e Grand-Am em pista, com dois carros completamente diferentes, às quais se juntam muitas outras grandes equipas, sobretudo do Grand-Am, que têm pilotos com grande palmarés que irão tornar esta classe muito disputada.

 

Nos PC a diferença está nos pilotos, porque esta classe é apenas para os Oreca FLM09 Chevrolet.

João Barbosa e companhia a vencerem as 24 horas

João Barbosa e companhia a vencerem as 24 horas

Na GTLM temos equipas com apoio de fábrica, como a Porsche, Chevrolet Corvette, Aston Martin e os SRT Viper em luta acesa, com pilotos de topo, e na GTD temos muitas, mas mesmo muitas equipas com Ferrari, Porsche e Audi, entre outras, a prometerem corridas disputadas ao milésimo de segundo!

 

No USCC temos alguns portugueses.

João Barbosa será o único a fazer o campeonato completo, na classe P, ao volante de um Chevrolet Corvette DP, ele é um dos fortes candidatos ao título, e até venceu de forma memorável (com Christian Fittipaldi, o seu colega no carro #5 durante a temporada, em princípio, e com o piloto das provas longas, Sébastien Bourdais), as 24 Horas de Daytona. Todos nós estaremos a torcer para que ele consiga um título este ano.

 

Lutas ao milésimo de segundo

Lutas ao milésimo de segundo

Pedro Lamy participou nas 24 Horas de Daytona com a Aston Martin na classe GTLM, e teve pouca sorte e com a saída, para já da Aston Martin, Lamy pode não voltar este ano ao USCC.

A sua participação seria esperada nas quatro provas mais longas do campeonato que formam o North American Endurance Championship (NAEC), que são as 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e o Petit Le Mans.

 

Filipe Albuquerque fará as provas do NAEC com um Audi R8 LMS da Flying Lizard Motorsports na classe GTD.

Em Daytona foi apenas 5º na classe, depois de uns problemas no início da corrida, mas o português foi um dos pilotos mais rápidos da classe. Vamos ver se nas outras provas terá mais sorte.

 

USCC

USCC

Apesar de problemas ainda para resolver, e com algumas equipas ainda descontentes, o USCC parece ter boas condições para ser um grande campeonato, para durar por muitos e bons anos, até porque o interesse nas equipas em participar é tão elevado que os responsáveis do IMSA foram obrigados a colocar limites no número de carros de cada classe a competir em certas provas.

Vamos acreditar que é possível fazer um campeonato interessante e atrativo.

 

O WEC foi uma das boas novidades dos últimos anos.

Depois de algumas tentativas falhadas para recriar um campeonato mundial, temos agora um conceito que faz reviver o antigo Mundial de resistência, em que podemos encontrar agora um calendário estável com várias equipas de fábrica, e ainda, algumas das provas clássicas, como antigamente. Silverstone, Spa e, claro, as míticas 24 Horas de Le Mans como o porta-estandarte do WEC.

Le Mans é, para mim, a maior corrida do mundo! Le Mans é o Cálice Sagrado das corridas de resistência.

 

O fascínio das 24 horas de Le Mans

O fascínio das 24 horas de Le Mans

O WEC tem um pequeno problema de datas. É difícil evitar corridas da Fórmula 1 e do USCC, e a pausa entre a 3ª prova, em Le Mans, e a 4ª prova, as 6 Horas do Circuito das Américas, é de três meses, por outro lado, entre a 4ª prova e a 8ª e última prova, passam-se apenas dois meses e para os fãs, de certeza que vai valer a pena esperar o verão todo…

 

Este ano temos muitos motivos de interesse, a Audi é forte candidata ao título na LMP1, com um renovado Audi R18 e-tron quattro, mas terá concorrência acesa por parte da Toyota, que vem com o novo TS040 Hybrid, e também temos o muito aguardado regresso da Porsche, com o seu novo 919 hybrid e todos os pilotos são de luxo, com palmarés impressionante.

 

Audi, Toyota, Porsche, uma luta de gigantes

Audi, Toyota, Porsche, uma luta de gigantes

O mesmo se aplica na classe LMGTE Pro, onde temos entradas oficiais da Aston Martin, Porsche e com a Ferrari também bem representada.

Aqui também há pilotos de luxo, são poucos carros, mas são muito bons.

 

Na classe LMP2, temos também luta acesa com as equipas mais pequenas, onde a diferença estará sobretudo na qualidade dos pilotos, tal como na classe LMGTE Am.

 

Aqui também temos portugueses a ter em conta.

Filipe Albuquerque teve um prémio bem merecido, com um lugar na equipa oficial da Audi na classe LMP1 (LMP1-H), ao volante do rapidíssimo Audi R18 e-tron quattro, ele estará no carro #3 e vai participar em Spa e em Le Mans.

Todos nós torcemos para que consiga bons resultados, quem sabe, até, a vitória em Le Mans!

 

Pedro Lamy presente em Le Mans mais uma vez ??

Pedro Lamy presente em Le Mans mais uma vez ??

Álvaro Parente também vai participar neste campeonato, na classe LMGTE Pro, com um Ferrari 458 Italia GT2, e será também um nome a ter em conta na sua classe.

Neste momento são os portugueses que têm lugar confirmado, esperemos que o Pedro Lamy também tenha o seu lugar na Aston Martin esta temporada.

 

A primeira prova do WEC será no dia 20 de abril, com as 6 Horas de Silverstone.

 

Como podem ver, motivos não faltam para acompanhar as corridas de resistência, esta temporada.

Estas são corridas que vocês querem ver, a par e passo, façam as vossas apostas aqui, e acompanhem pelo menos estes dois campeonatos, se possível.

 

O USCC terá transmissão no Motors TV, enquanto que o WEC terá transmissão na Eurosport (com as 24 Horas de Le Mans na íntegra) e na Sport TV.

Não percam!

autoria de Jorge Covas

 

 

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Será este o ano da Toyota ??

1054

Ou da Audi ??

1055

Conseguirá alguma vez o Deltawing vencer ??

1056

E no mundo dos GT, quem vai vencer ??

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Seja em que classe for,

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de noite ou de dia,

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piloto e máquina, têm de estar em perfeita harmonia !! 

 

 

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