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Um olhar à Cup Series 2014

Numa altura em que a Cup Series teve o seu primeiro fim de semana sem corridas, tendo já concluídas 8 das 26 pertencentes ao calendário regular, é altura de dar uma olhada e verificar como tem sido esta Series em 2014.

 

"Este ano vai ser meu"

“Este ano vai ser meu”

 

Três das maiores mudanças que a Nascar procedeu de 2013 para 2014, foi dar ainda mais valor às vitórias, garantindo praticamente um lugar na Chase, agora como nome de Chase Grid, a quem vencesse uma corrida na fase regular.

 

Outra grande mudança foi a introdução dum novo tipo de qualificação, agora em fases, duas em ovais com menos de 1,25 milhas e 3 fases, se ultrapassassem esse milhagem.

 

Finalmente, um novo pacote de pequenas mudanças aerodinâmicas, de forma a que fosse mais fácil aos pilotos competirem em conjunto.

 

Os Penske boys parecem sorrir da "piada" de Harvick"

Os Penske boys parecem sorrir da “piada” de Harvick

Quanto à primeira, se é certo que qualquer piloto quer vencer, a verdade é que se sente uma maior pré disposição dos pilotos para a conseguir, acontecendo ainda, aos que já venceram, a vontade ainda maior de arriscar para obter mais uma vitória, como foi o caso de Dale Earnhardt Jr em Las Vegas, que a perdeu por lhe faltar combustível já na última volta.

 

Em relação à qualificação por fases, esta medida, apesar de não dar vitórias, veio dar uma maior emoção, porque agora um piloto para além de ser rápido, tem de o ser na altura própria, sem se esquecer de preservar os pneus para a fase seguinte, acontecendo já casos, do carro mais veloz ter perdido a pole, por não ter pneus na última fase da qualificação.

 

Quanto às mexidas na aerodinâmica, também aqui, o que se pretendia no papel, está a acontecer na pista, tendo havido corridas verdadeiramente interessantes até final, para não dizer dramáticas.

 

Resumindo, goste, não se goste das medidas, em especial da primeira, a verdade é que a Nascar conseguiu colocar na prática o que desejava no papel, resultando num campeonato 2014 deveras interessante.

 

Após 8 provas, temos 7 vencedores diferentes e um repetente, Kevin Harvick, que dessa forma está já na Chase Grid.

Quem ri no fim, ri melhor !!

Quem ri no fim, ri melhor !!

 

Para além das vitórias, mesmo estando numa nova organização, SHR, o conjunto Harvick/Childers, tem-se mostrado como o que melhor se adaptou ao novo pacote aerodinâmico, tendo tido praticamente em todas as provas, chevys muito competitivos, no entanto, incapazes de acabar corridas por avarias mecânicas.

 

Também muito competitiva tem estado a Penske, com qualquer um dos seus pilotos já com uma vitória, Brad Keselowski em Las Vegas e Joey Logano no Texas, as duas em ovais de 1,5 milhas, o que abona em seu favor, quando se tem 5 ovais desse género nas últimas 10 provas do ano.

 

Quem também se tem mostrado muito competitivo é Dale Jr, vencedor das 500 milhas de Daytona e estando sempre pelos lugares da frente em qualquer tipo de oval, o que demonstra ainda, o bom trabalho feito na off season.

 

"A Taça Rookie do ano é para mim"

“A Taça Rookie do ano é para mim”

Outros pilotos já com vitórias são, Carl Edwards em Bristol, Kurt Busch em Martinsville e Kyle Busch em Fontana.

Destes três, o mais competitivo tem sido Kyle, enquanto os outros dois têm sido muito irregulares, em especial Kurt, muito por “culpa” de estar numa nova organização, SHR, tendo de aprender a lidar com o novo chefe de mecânicos, também ele no seu primeiro ano com essa função.

 

Outros pilotos que têm sido muito competitivos, mas ainda sem vitórias, têm sido os colegas de equipa de Dale Jr, Jimmie Johnson, o actual campeão e Jeff Gordon, faltando-lhes apenas uma vitória para carimbarem ainda mais essa competitividade e um lugar na Chase.

 

Ainda do lado positivo, tem sido a “guerra” pelo rookie do ano, com Austin Dillon e Kyle Larson a serem os melhores, tal como se previa.

O que não se previa, era a “desfaçatez” de Larson a lutar por lugares entre o top 10, 4 até agora, 2 deles tendo sido top 5, com um 2º lugar em Fontana.

 

"Isso é o que vamos ver" parece pensar Dillon

“Isso é o que vamos ver” parece pensar Dillon

Mesmo com todo o brilhantismo de Larson, a verdade é que, quem comanda a tabela dos novatos é Dillon, fruto duma maior consistência, estando em 10º na tabela de pontos e com 12 de vantagem para o seu “grande” rival.

 

É claro que também existe o reverso da medalha e neste caso as maiores surpresas têm sido, por um lado Kasey Khane no chevy nº5 da Hendrick Motorsport, onde avarias e excessos do piloto, têm sido o pão nosso de cada dia.

 

Um outro piloto/equipa que tem deslumbrado pela negativa, tem sido Martin truex Jr no chevy nº78 da Furniture Row, isto depois, de na época passada ter ido à Chase pela primeira vez com Kurt Busch.

 

"Tough Luck"

“Tough Luck”

Se é certo que Truex não é Kurt e as equipas até terem recursos completamente diferentes, era no entanto de esperar, que o piloto do chevy nº78 já tivesse dado nas vistas e se encontrasse um pouco melhor posicionado na tabela de pontos, no entanto, encontra-se apenas em 28º, sabendo-se que, a partir do 30º lugar, nem mesmo com uma vitória, um piloto poderá ser elegível para os 16 pilotos que poderão ir à Chase Grid.

 

Depois dum fim de semana de “férias”, pilotos e equipas voltam ao trabalho, começando na pequena oval de Richmond, só parando para mais um “brake” no fim de semana de 20 de Julho, antes de entrarem na recta final, que irá contemplar 17 corridas sem parar, em que as 10 últimas fazem parte da Chase Grid e onde tudo se irá decidir.

 

 

 

 

 

 

 

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