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O que é o almoço ?

De volta ao fim de semana em Kentucky, onde se disputou a 17ª prova da Cup Series, desta vez o tema não são os custos de uma equipa ou organização, mas da cozinha por elas praticada.

 

Big John Youk

Big John Youk

 

Pegando novamente no exemplo da Stewart Haas Racing, SHR, vamos encontrar na 6ª feira, dia de treinos, John Youk, “Big John” para os amigos, a preparar o almoço que será servido aos mecânicos, pilotos, pessoal de escritório, engenheiros e chefes de equipa.

 

Enquanto vai temperando o peixe, vai olhando ainda para o quadro de tempos à distância e verifica que Danica Pactrick é a 3ª mais rápida e Tony Stewart é 6º e comenta, ” Oh yeah. Temos carros quentes” 

 

Big John trabalha na Nascar desde 1979, chegou a ser um dos que mudava pneus na box para o carro de James Hylton e a partir de 1995, passou a ser o cozinheiro da então Sabco Racing, que nos dias de hoje, não é mais que a Chip Ganassi Racing com Felix Sabates.

 

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Eles disseram, ” Precisamos de um grelhador, estamos fartos de bolonhesa”, ao que eu repliquei, “Arranjem o grelhador e eu cozinho”, a partir daí nunca mais parou de cozinhar, enquanto trabalhava com a equipa na pit box.

 

A partir de 2001 tornou-se cozinheiro a tempo inteiro e em 2009 juntou-se à SHR.

Já escreveu um livro de receitas chamado, “Big John´s Speedway Grill” e deu inicio a uma tendência na Nascar.

 

Michael Waltrip Racing é outra equipa que também emprega um chefe de cozinha, enquanto outras equipas como a Hendrick Motorsports ou Richard Childers Racing, preferem empresas de Catering que trabalham nas garagens como a Kat´s Korner ou a Garlic Garage.

 

A SHR e a MWR, no entanto, acreditam que tendo um chefe de cozinha e pagando os comestíveis, lhes ficaria mais barato, já para não mencionar que a comida seria mais fresca e diversa, em vez de andar durante 38 semanas a comer sandwiches e hot dogs.

 

 “Estou aqui para lhes dar uma boa e equilibrada refeição” 

 

O grelhador

O grelhador

Durante todos estes anos como chefe de cozinha, fez muitos amigos, alguns dos quais ajudam-no voluntariamente, daí encontrarmos três cozinheiros com ele, um ajudando-o no peixe, outro a preparar a jambalaya ( paella típica do Estado do Louisiana ), enquanto o outro foi à padaria.

Cada um destes voluntários, tem como recompensa um passe que lhes permite passear pelas garagens da Nascar durante todas as provas no valor de $3.500.

 

John Youk também o tem e tem ainda um orçamento de $1.500 para cada fim de semana de corrida, o que, multiplicado pelas 38 provas do calendário, vai ultrapassar os $57.000.

 

Tipicamente, num fim de semana em que há corrida, acabam por ser 3 dias que cozinha para 60 pessoas, incluindo as quatro equipas da SHR e pessoal afiliado de outras equipas, daí fazer um planeamento antecipado, mas também aqui, os amigos são importantes, especialmente os das quintas da zona, onde vai buscar alguns dos ingredientes frescos que precisa.

 

A equipa de Greg Biffle a almoçar

A equipa de Greg Biffle a almoçar na garagem

A ementa de hoje é um misto de comida saudável e menos saudável, composta por uma taça de salada e outra de fruta, tilapia e truta, costeletas e jambalaya.

Para a tarde, fará sandwiches de pastrami e asas.

Há ainda bolos, batatas fritas, iogurte e barra de granola para todo o dia.

 

A hora de almoço é complicada para as equipas que trabalham nos carros, daí que um dos membros vai à tenda de Big John, que fica localizada perto dos transportadores e carrega uma bandeja de costeletas, fruta e peixe, levando para a garagem, onde cada uma vai comendo, sempre que os pilotos vão para a pista treinar.

Outros preferem esperar que o carro vá à inspecção e então, vão à tenda e fazem o prato.

 

Muito do seu tempo é gasto em ter a certeza que a comida que faz é boa e a prova disso é que Ryan Newman, antigo piloto da SHR e agora da RCR, pára por lá para almoçar depois dos treinos.

 

  “Têm alguma coisa de jeito por aqui ?” e pega num prato, enche-o com quatro costeletas e vai-se embora, enquanto Youk abana a cabeça e desabafa, ” Estou aqui para dar de comer às massas”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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