Menos potencia, menos asa, menos testes, mais piloto
Estas são algumas das mudanças que a Nascar vai aplicar para 2015, de forma a que a Cup Series se torne mais competitiva.
Começando pelos testes, aquele que todas as equipas costumavam fazer em Daytona no mês de Janeiro e que era de 3 dias, vai pura e simplesmente desaparecer, dando lugar a uma viagem dos pilotos pelo país com o objectivo de promover o desporto, tal como os 16 pilotos da Chase fazem na semana anterior à primeira prova em Chicago para promover esta.
Desaparecem também os testes privados das equipas e aqui, se alguma for apanhada a quebrar a regra, terá uma penalidade muito pesada, não só para as finanças, $150.000 de multa no mínimo, como o chefe de equipa será colocado fora das corridas por 6 semanas e a equipa perderá 150 pontos.
Para “agarrar” quem desobedeça, a Nascar espera que as equipas se policiem mutuamente e façam queixa, se for caso disso.
Com isto, espera-se ainda menos despesas para as equipas e ainda um aproximar da competitividade entre elas, visto que as melhores do pelotão não poderão aproveitar os seus abastados recursos.
Para aumentar ainda mais a competitividade, será reduzida a potência do motor de 850 (+/-) para 725 cavalos, através de um prato restrictor e a asa traseira será “cortada” de 20 cm para 15.
Com estas duas medidas, o piloto será mais lento em recta em cerca de 5 a 7 milhas/h e será obrigado a levantar o pé à entrada das curvas devido à falta de aerodinâmica, dando de volta aos pilotos, a oportunidade de fazer a diferença.
Espera-se ainda, mais ultrapassagens, não só para o 1º lugar através de possíveis excessos dos pilotos, como ainda no pelotão.
Sobre estas regras, Jimmie Johnson, o Sr. 6 vezes, referiu que os pilotos teriam preferido ainda menos aerodinâmica porque não se importam que os carros sejam difíceis de conduzir, ainda assim, é este o caminho a seguir, desde que a Goodyear traga pneus para a pista que se desgastem com mais facilidade.
Brian Vickers sublinhou que estas medidas vão colocar o piloto a fazer novamente a diferença em pista, embora também achasse que um pouco menos de apoio aerodinâmico não fizesse mal nenhum.
Também haverão algumas mudanças na qualificação, a começar para as 500 milhas de Daytona, deixando cada piloto de ter a oportunidade de fazer uma volta lançada e registar um tempo, passando a ser feita em grupo, tal como tem vindo a ser feito noutras ovais.
Aqui a diferença para as outras ovais, é que após a qualificação em grupos, apenas serão qualificados para a grelha o 1º e 2º lugares, ficando o resto da grelha a ser determinada nos duelos, tal como tem vindo a ser feito.
Também o tempo que era dado aos pilotos nas várias fases de grupos será diminuída, sendo agora de 15 minutos para a 1ª, 10 para a 2ª e 5 para a 3ª, de forma a que não fiquem à espera do melhor momento para voltar à pista e fazer uma volta ainda mais rápida, se necessário.
Isto acontecerá em todas as ovais pequenas e intermédias, enquanto nas superspeedways, o pelotão será dividido em 2 grupos para a 1ª fase, tendo cada um deles 5 minutos para se qualificar para a fase seguinte.
Já na 2ª e 3ª fases, os pilotos qualificados terão mais 5 minutos para encontrar um tempo para a grelha.
Nos circuitos, a 1ª fase será de 25 minutos e a 2ª de 10.
Ainda nos circuitos, a Goodyear está a preparar um pneu para chuva, de forma a que as corridas possam ser realizadas nessas condições, com excepção de verdadeiras quedas de água.
De referir que, quer a NW, quer a Truck Series já fazem corridas nestas condições.
A Nascar, dá assim mais espectáculo aos fãs depois das equipas terem dado o “OK, let´s do it ”
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