Ganassi vence as 24h de Daytona

Foi com o Ford EcoBoost DP nº02 pilotado pelos pilotos Scott Dixon e Tony Kannan, estes vindos da sua equipa Indycar e Jamie McMurry e Kyle Larson, estes da sua na Cup Series, que Chip Ganassi e Felix Sabates voltaram a estar no lugar mais alto do pódio das 24h de Daytona.

Antes de recuarmos até sábado pelas 19:10, altura em que a bandeira verde foi mostrada às 53 equipas que formaram o pelotão, ficam as outras 3 equipas vencedoras por classe, começando pelos ….

 PC, com o Oreca FLM09 nº52 a ser o melhor, tendo Mike Guasch, Andrew Novich, Andrew Palmer e Tom Kimber-Smith ao volante.

Nos GTLM foi o Chevrolet Corvette C7.R nº3 de Jan Magnussen, António Garcia e Ryan Briscoe quem levou a melhor,

enquanto nos GTD, foi o Dodge Viper SRT nº93 quem venceu, com 5 pilotos ao volante, entre eles, Ben Keating, Dominik Fambacher, Al Carter, Kuno Wittmer e Cameron Lawrence 

Feitas as apresentações dos vencedores, é tempo de voltar atrás no tempo, quando a bandeira verde foi mostrada e tentar descobrir como cada um venceu.

Começando pela classe protótipos, não demorou muito para se verificar que os Ford da Ganassi 02 e 01 e os Corvette DP nº10 dos irmãos Taylor com Max Angellelli e o nº5 de João Barbosa, Christian Fittipaldi e Sebastien Bourdais iriam ser as forças a ter em conta para uma possível vitória.

Sem o mesmo ritmo dos primeiros, mas relativamente perto, parecia estar o Corvette nº90 de Richard Westbrook, Michael Valiante, Mike Rockenfeller e Guy Cosmo, como que pronto a capitalizar se algo lhes acontecesse. 

Com o cair da noite, contavam-se pelos dedos de uma mão os que ainda permaneciam na volta do líder e sem terem sido afectados por problemas mecânicos.

Em contrapartida, nos GTLM a luta entre os Corvette nº3 e nº4, Ferrari nº62, BMW Nº24 e nº25 e ainda os Porsche nº17 e nº911, era absolutamente medonha.
Como senão chegasse, o Porsche nº912 viria a juntar-se a estes perto das 9 horas de prova, depois de ter recuperado as 6 voltas que havia perdido logo no inicio devido a problemas mecânicos. 

Quem não teve a mesma sorte do 912, até porque a avaria era bem mais complicada, foi o Aston Martin nº98 de Pedro Lamy, que iria perder dezenas de voltas nas boxes para voltar a andar.
Ainda assim, foi recuperando lugares, terminando em 6º na classe.

Quem também vinha a recuperar de vários erros de condução nas primeiras horas era o Oreca nº8 da classe PC, em especial pelas mãos de Filipe Albuquerque, que até parecia ter ganho asas, de tal forma que viria a chegar à 1ª posição, para perdê-la um pouco mais tarde quando o motor rendeu a alma ao criador.
Na memória ficou no entanto, o ritmo frenético do piloto português.

Nos GT amadores, os Viper reinavam, mas o Ferrari nº49 quando tinha Rui Águas ao volante também voava, de tal forma que iria ficar com a volta mais rápida da corrida na sua classe.
Infelizmente era o único dos 4 pilotos que verdadeiramente levava o acelerador ao fundo, não podendo assim ser uma força a ter em conta para a vitória, terminando em 4º lugar a 3 voltas do vencedor da classe.

Sem dar muito nas vistas nas primeiras horas, o Corvette nº9 de João Barbosa/Fittipaldi/Bourdais, haveria de chegar à 1ª posição já noite cerrada, mostrando ser uma força a ter em conta e nem mesmo as 3 voltas perdidas devido ao desligar de um fio que não iria permitir a chegada de combustível ao motor, seria suficiente para o afastar da luta pela vitória, embora tivessem sido necessárias várias horas e muita determinação de Barbosa e Bourdais para voltar à volta do líder.

Mas não foi apenas o DP nº5 que foi favorecido pelas bandeiras amarelas provenientes de batalhas em pista e avarias mecânicas que iam obrigando à entrada do pace car para que fossem removidos da pista,

também o vencedor das 24h iria ter o seus problemas, caindo inclusivamente um par de voltas, mas, tal como o nº5, um excelente trabalho de equipa nas boxes, um motor absolutamente fantástico, bem como 4 pilotos cheios de vontade de vencer, iriam ser o segredo da vitória.

Dos 4 pilotos vencedores terei que destacar Scott Dixon, aqui a levar um banho de champanhe de Fittipaldi.
Este é um piloto dos Indycars da Ganassi Racing que sabe melhor do que ninguém como andar depressa, enquanto vai poupando umas gotitas de combustível que mais tarde iriam colocar o nº02 em 1º, ao não necessitar de estar tanto tempo quanto os seus adversários na box para reabastecer.

Claro está que também Tony Kannan, Kyle Larson e Jamie McMurry estão de parabéns, contribuindo para uma vitória justa, mas bastante suada. 

Tão suada que esta imagem foi a que mais se viu durante as horas finais da corrida, apenas desvirtuada pela troca de posições devido ao tempo perdido nas boxes de ambos para reabastecimento e mais tarde por um erro da equipa do DP nº10 que seria forçada a trocar de pilotos mesmo ao cair do pano.

Perdem uns, ganham outros, como foi o caso do Corvette nº5, que vinha mostrando não ter ritmo para acompanhar os 2ºs, colocando-se assim na 2ª posição e com uma última oportunidade de lutar pela vitória quando o PC nº 54 obrigou à entrada do pace car, faltavam poucos minutos para terminar a corrida.

Infelizmente a oportunidade foi muito curta, 2 voltas apenas para Bourdais ultrapassar o nº02, mas foi suficiente para saírem de cabeça erguida e com a certeza que tudo fizeram para vencer.

Na mesma linha do DP 02 nos protótipos, também o Corvette nº3 foi o melhor, apesar de nunca ter tido grande tempo para “respirar”.

Sem “respirar” ficou Colin Braun a poucos minutos do fim, numa altura em que liderava a classe dos PC, ficando num estado verdadeiramente inflamado, ao que tudo indica, devido a um desentendimento com um outro carro em pista,

dando assim a vitória ao nº52 de “mão beijada”.

Finalmente na classe dos GT amadores, venceu o mais forte, em especial porque a velocidade de ponta do Viper não permitiu grandes veleidades ao Porsche nº22 superiormente conduzido por Shane Van Gisbergen, um piloto que vem dando que falar em terra de cangurus no campeonato dos V8 Supercars.

Mais coisa, menos coisa, assim foram as 24h de Daytona, uma vez mais com a bandeira portuguesa muito bem representada, resta esperar pelo ano que vem, quiçá, novamente no lugar mais alto do pódio.

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