Jamie Whincup renova com a Triple Eight até 2018

O 6 x campeão dos V8 Supercars, Jamie Whincup, 31 anos, vai continuar ao serviço daquela que tem sido nos últimos anos, a melhor equipa do campeonato australiano dos V8 .

Whincup colecciona taças destas, já são 6 !!

Whincup estreou-se a tempo inteiro nos V8 Supercars em 2005 e a partir de 2008 tem sido o alvo a abater pela concorrência, que apenas o conseguiu por intermédio de James Courtney em 2010.

Os seus números são verdadeiramente impressionantes, senão vejamos, em 10 anos e 343 corridas, para além dos 6 títulos de campeão, conseguiu 89 vitórias, 61 poles position e 164 idas ao pódio, ou seja, em cada 3,8 corridas, venceu uma e em praticamente cada 2, foi ao pódio.

Para que estes números fossem possíveis, houve a conjugação de vários factores, o primeiro é o piloto com uma extraordinária habilidade, inteligência e vontade de vencer e o outro é a equipa, que reunindo alguns dos melhores técnicos na garagem dos V8, proporciona-lhe as ferramentas necessárias para ser o melhor em pista.

Para perceber melhor este domínio de Whincup, há que ter em conta que Craig Lowndes, 40 anos, 3 x campeão com 97 vitórias e seu colega de equipa desde 2006 na Triple Eight, não conseguiu batê-lo uma única vez na luta pelo titulo, tendo as mesmas ferramentas à disposição.

Se o seu colega de equipa não chega para sublinhar o seu domínio, basta olhar para a concorrência cheia de grandes equipas, algumas delas apoiadas pelas marcas de fábrica, cheias de recursos e de grandes pilotos.

O melhor em todas as condições

Finalmente temos as próprias corridas, que podem ser em circuito convencional ou citadino, faça chuva ou faça sol e terem 100, 150, 250 ou mesmo 1.000 km, implicando as mais longas reabastecimentos com troca ou não de pneus e mais curtas, a obrigatoriedade da troca dos mesmos.

Se as estas características, somarmos o factor aleatório que é a entrada do safety car, por vezes mais que uma vez na mesma corrida, vamos encontrar no final das mesmas um denominador comum e esse é Jamie Whincup no lugar mais alto do pódio.

Ford, a grande rival, mais forte com Marcos Ambrose

Com tanto sucesso, seria de esperar que Whincup pudesse sentir-se aliciado a tentar outros campeonatos noutros países, mas o australiano vai continuar pelo seu país, seguro da força dos V8, agora com um novo parceiro na transmissão das corridas para os próximos anos e pelo desafio da nova geração de carros que se espera para 2017.

Somando a estas razões, o facto de competir pela a melhor equipa do plantel, não custa perceber porque Whincup renovou o seu contracto com ela até final de 2018.

Do outro lado da barricada, não custa perceber que a concorrência, seja ela ao volante dum Ford, Volvo, Mercedes e principalmente Holden, vai continuar a passar um mau bocado, mas não será também uma recompensa maior em caso de vitória, afinal estão a bater os melhores.

Entretanto, os V8 Supercars vão ter um teste de dois dias a começar já amanhã no circuito de Sydney Motorsport Park, como preparação da nova temporada, que terá o seu pontapé de saída no circuito citadino de Adelaide com a Clipsal 500 a 28 de Fevereiro.