As 3 divisões da Nascar em Atlanta
Fim de semana em cheio para os fãs dos stock cars, com as 3 divisões a de gladiarem-se na oval intermédia de Atlanta.
Para variar, a Xfinity Series foi a primeira a entrar ao serviço, seguindo-se as carrinhas, ambas no sábado, outra novidade, terminando a Cup Series no domingo.
Com 6 pilotos da Cup Series na lista de inscritos, entre eles Joey Logano com a pole position, assim começou a corrida que iria ter 163 voltas.
Com o asfalto já a pedir reforma, ou não, seria de esperar que os pilotos com maior experiência viessem a sobressair e foi o que veio a acontecer, tendo havido apenas 3 pilotos no comando da prova.
O primeiro a dominar foi Joey Logano, aproveitando o facto de sair na frente.
Por lá andou durante 59 voltas,
interrompidas por Matt Kenseth, que aproveitando uma paragem antecipada para reabastecimento e troca de pneus, acabou na frente graças à aderência dos novos pneus que lhe davam asas, enquanto outros demoravam um pouco mais a trocá-los.
Para além de Logano e Kenseth, Kevin Harvick seria o outro líder.
E foi aqui que a experiência pagou dividendos, com o piloto do chevy nº88 a saber melhor que ninguém como tratar os pneus, acabando a liderança por aparecer com naturalidade.
Foi a liderança e a vitória, algo que Harvick já nos habituou nesta oval e nesta divisão.
Quanto aos pilotos que lutam pelos pontos nesta Series, Ty Dillon foi o melhor em 3º, conseguindo ainda a liderança dos pontos, ainda que em igualdade com Chris Buescher, este a terminar em 4º.
Ambos têm uma vantagem de 8 pontos para Ryan Reed e 17 para Darrel Wallace Jr.
Poucas horas depois foi a vez das carrinhas entrarem em cena.
Esta, com a juventude de um lado e a veteranice do outro, prometia ser interessante, mas afinal iria ser uma “fotocópia” da corrida da Xfinity.
Mais uma vez foi a experiência que veio ao de cima, sempre pelas mãos do campeão, Matt Crafton, que apesar de ter partido apenas da 15ª posição, foi passando por eles todos, terminando na 1ª posição de onde não mais sairia.
Daí a vitória assentar-lhe que nem uma luva, permitindo-lhe ainda subir à 2ª posição nos pontos, apenas a 2 de Tyler Reddick, que terminaria na 5ª posição.
É de esperar, no entanto, uma grande batalha durante o ano entre a juventude de Daniel Suarez, Erik Jones, Ben Kennedy, Ty Dillon, Tyler Reddick e outros,
contra a veteranice de Crafton, Johnny Sauter, Timothy Peters e outros, que andam nestas carrinhas à muitos anos.
Para já o resultado é 1-1, a ver vamos quem desempatará a seu favor em Martinsville em finais do mês de Março.
Para terminar as corridas em Atlanta, ficava a Cup Series, que teria de adiar a entrada em cena sensivelmente uma hora, devido à chuva que havia caído durante a noite e principio da manhã.
Apesar do nevoeiro que iria estar presente durante as 325 voltas,
a corrida lá começou Joey Logano a gozar do privilégio de ser o 1º a acelerar a fundo depois de ter sido o melhor na qualificação.
Por lá foi ficando até ser ultrapassado por Kevin Harvick, que vinha da última posição na grelha, graças à substituição do motor do seu chevy nº4 que havia partido no treino do dia anterior.
Também lá de trás e a caminhar para a frente, mas com um ritmo menos exuberante vinham Jeff Gordon, Jimmie Johnson e Matt Kenseth, estes por terem falhado a qualificação com os seus carros irregulares.
Qualquer um destes 4 pilotos terá tido a ajuda preciosa de 3 bandeiras amarelas para se chegarem à frente, uma, a primeira, imposta pela Nascar à volta 25 para que as equipas avaliassem a degradação dos pneus
e mais duas “impostas” por Austin Dillon,
que mais parecia um piloto de um carro de rally após um troço de terra completamente enlameado.
Enquanto Harvick ia “papando” voltas e mais voltas no comando, Brett Moffitt no Toyota nº55 de Brian Vickers ia dando nas vistas, não por andar a fazer todo terreno como Dillon, mas porque estava a ser extremamente regular, terminando inclusivamente na 8ª posição, tendo em conta que esta era a sua 8ª prova nesta Series.
Com o aproximar do fim da corrida, Denny Hamlin e Jimmie Johnson questionaram uma vitória que parecia certa para Harvick, só que o destino de ambos iria ser completamente diferente, senão vejamos,
Hamlin iria terminar em 38º com o Toyota todo mal tratado,
deixando ainda um rasto de chapa batida a fazer lembrar Daytona e Talladega.
Entre outros que não devem ter “engolido” as desculpas de Hamlin deviam estar Gordon, Bowyer, Stewart, Stenhouse Jr, só para citar alguns.
Quanto a Johnson, fez aquilo que se estava à espera dele, ou seja,
vencer, levantar o troféu e juntar-se a Logano como uma das “sementes” para a colheita da Chase Grid 2015.
Não é que tenha grande importância, mas à entrada para o próximo fim de semana em Las Vegas, nos pontos temos Logano como líder, seguido por Johnson com menos 1, Harvick com menos 2 e Dale Earnhardt Jr com menos 4.
A ver vamos como ficará depois da “roleta russa” na terra do jogo.
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