Os campeões brilharam em Sebring
Mais uma grande vitória para o curriculum de João Barbosa, Christian Fittipaldi, Sebastien Bourdais e de toda a equipa Action Express, desta vez nas famosas 12 horas de Sebring.
A busca das melhores afinações nos treinos para preparação de uma corrida que iria ter 12 horas de competição, enquanto a pista iria sofrer grandes alterações em termos de temperatura do asfalto, terá sido uma das grandes prioridades da Action Express.
Daí a consistência do Corvette DP nº5 da Action Express durante as 12 horas, estando sempre entre os protótipos mais rápidos, fosse qual fosse o piloto estivesse ao volante.
A qualificação no 3º lugar por parte de João Barbosa, apesar de pouco importante para uma corrida com esta duração, veio mostrar que, apesar de haver protótipos mais rápidos, o nº5 estava entre os melhores.
Mais rápidos que o Corvette nº5, só mesmo o Ligier JS P2 Judd nº57 da Krohn Racing e o Honda HPD ARX nº1 da Tequilla Patron ESM.
A rapidez destes dois protótipos manifestou-se, não só nos treinos e na qualificação, mas também na corrida, andando na frente e deixando, no caso do Ligier nº57, a volta mais rápida da corrida, tendo sido 0,7 segundos melhor que a do DP nº5, com Sebastien Bourdais ao volante.
Esses 0,7 segundos são uma imensidão de tempo numa volta, diria preocupante numa corrida curta, mas quando se tem pela frente uma com 12 horas e neste caso particular com 340 voltas, acaba por se esfumar se algo de errado acontecer.
E foi aí que esteve a grande diferença, enquanto o Ligier nº57 e o HPD nº1 iam-se debatendo com problemas mecânicos e mesmo alguma inexperiência no caso do nº57, o Corvette nº5 rolava que nem um relógio, fosse na pista pelos seus três pilotos, sempre muito certinhos, fosse nas boxes com os seus mecânicos, sempre muito rápidos no reabastecimento e trocas de pneus.
Com um inicio de prova algo conservativo por parte de João Barbosa, sabendo este que tinha mais a perder do que a ganhar se se envolvesse em grandes confrontos, acabou por ser a rapidez da equipa de mecânicos do nº5 nas primeiras paragens, que iria colocá-lo na 1ª posição de uma forma exemplar.
Uma vez no 1º lugar, iria apenas perdê-lo quando tinha que reabastecer, para voltar a recuperá-lo quando a concorrência fizesse a mesma operação.
É claro que enquanto não liderou as 234 das 340 voltas da corrida, andou sempre à caça dos que iam na frente, fosse qual fosse o piloto, mas na memória ficou a determinação de João Barbosa na ultrapassagem ao Ford Riley nº01 da Ganassi, com Scott Dixon ao volante na altura.
Com essa ultrapassagem, não mais equipa nenhuma iria voltar a liderar a corrida que não fosse o nº5, destacando-se ainda dos demais com o ritmo imposto, chegando ao ponto de colocar os seus adversários com menos uma volta para disputar.
Essa volta a mais iria ser um conforto absolutamente crucial para controlar o resto da corrida, sabendo-se que numa pista difícil como a de Sebring, o perigo está sempre à espreita, seja por acidentes que trazem o pace car e reagrupam o pelotão, promovendo ainda estratégias diferentes, seja porque obrigam a um esforço redobrado da mecânica, dos pilotos e das equipas.
Por esta altura, já com o sol a desaparecer no horizonte, eram os Corvettes nº90, nº10 e o Ford nº01 que se destacavam como os principais adversários do nº5 na corrida, mas só na teoria, porque na prática não tinham ritmo para o acompanhar.
Daí uma vitória que acabaria por ser “fácil”, mas muito saborosa, colocando inclusivamente os três pilotos do nº5 em 1º na classificação geral, seja para o campeonato, seja para a Taça NAEC.
Agora que a corrida acabou e os festejos também, é tempo de rumar à costa ocidental dos EUA para a 3ª prova do calendário, sendo esta a 18 de Abril nas ruas de Long Beach, desta vez apenas com a classe GTLM e com 1h e 45m de duração.
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