As fotos do fim de semana
Fim de semana cheio de competição, com a MotoGP e a Indycar Series a estrearem-se em 2015.
Para além das estreias houve ainda os V8 Supercars, Truck, Cup e Formula 1, com mais uma jornada dos seus campeonatos.
E tudo começou na Tasmânia com …
2 corridas no sábado, a que se seguiu mais uma no domingo, tendo qualquer uma delas dois denominadores comum
e que foi Craig Lowndes a sair da pole position e a vitória da equipa Red Bull Racing Austrália, com o Commodore nº888 de Lowndes a vencer as corridas de sábado e o nº1 de Jamie Whincup a vencer a de domingo.
Foi assim um fim de semana de domínio dos touros com asas, que só não foi maior porque Lowndes seria penalizado, por ter “enxotado” David Reynolds para fora da pista no arranque da prova de domingo.
O titulo de azarado da jornada seria Will Davison no seu Mercedes nº9, que apesar de ter demonstrado ser sempre um dos mais rápidos, acabaria por desistir ou ser enxotado para fora da pista, em qualquer uma das 3 corridas.
Mesmo com 2 top 5 e um top 10 na Tasmânia, James Courtney, que havia saído de Adelaide no topo dos pontos,
iria perdê-lo para Whincup, tendo este mais 19 pontos que Courtney e 23 que o seu colega de equipa Craig Lowndes.
A 4ª posição é de Garth Tander com menos 26, a 5ª de Shane Van Gisbergen com menos 27 e a 6ª do Ford nº5 de Mark Winterbottom com menos 50.
Com os grandes favoritos ao titulo de campeão separados apenas por 50 pontos, os V8 australianos vão voltar ao serviço em Perth no inicio do mês de Maio com mais 3 corridas, desta vez esperando-se que não sejam procissões.
Se na Tasmânia foram 3 procissões, em Martinsville, na corrida das carrinhas, foi tudo menos isso.
Despistes, chegas para lá e temperamentos exaltados, foram ingredientes que não faltaram para apimentar as 250 voltas de corrida.
No topo do bolo estiveram as lutas pela 1ª posição entre as Toyota nº4 de Erik Jones e nº88 de Matt Crafton e ainda a Ford nº29 de Joey Logano.
Acabaria por ser a Ford a vencer,
com Logano a reclamar para si o grande relógio do avô, conseguindo ainda juntar-se à lista de pilotos com pelo menos uma vitória nas três divisões da Nascar.
Quanto a Matt Crafton, 2º na corrida e campeão em titulo, pode não ter vencido, mas pelo menos saiu de Martinsville na 1ª posição dos pontos, tendo mais 2 que Tyler Reddick, 5º na corrida e 4 que Erik Jones, 3º a cortar a meta.
As carrinhas vão voltar a dar show na oval do Kansas, no dia 9 de Maio.
Por falar em show, o que dizer daquele que os monolugares da F1 protagonizaram no GP da Malásia ?
Foi um grande show também.
Não que tenham havido grandes ultrapassagens para a 1ª posição, mas as perseguições que Sebastian Vettel moveu ao Mercedes de Lewis Hamilton
e este ao Ferrari do alemão, sempre para a 1ª posição, foram o prato forte duma corrida muito movimentada.
Movimentada foi também a prova de Kimi Raikkonen, começando em 11º, caindo para último devido a um pneu rebentado depois de ser sido tocado pelo Sauber de Marcus Ericsson e terminando em 4º.
É certo que teve a ajuda do safety car por ter reagrupado o pelotão, mas verdade seja dita,
os Ferrari estavam diabólicos numa pista quente, tão quente que derretia os pneus de quase todo o pelotão, “esquecendo-se” de o fazer aos pneus da equipa italiana.
Quente foi também a luta pela 9ª posição, com Daniil Kvyat a bater Daniel Ricciardo
e estes a serem batidos pelos dois Toro Rosso, com Max Verstappen na frente de Carlos Sainz.
Afinal a culpa da falta de competitividade da Red Bull Racing não parece ser só do motor Renault, mas também do monolugar, que segundo consta, não vale um chavo.
Pelo menos por agora !!
Agora o que se pode dizer sem falhar, é que um alemão espetou a bandeira italiana em “território” alemão.
Será que vamos voltar a ver o troféu da vitória a saltar para mãos “erradas” no GP da China ?
Provavelmente não, os Mercedes devem voltar à ribalta, a não ser que o calor + pneus voltem a pregar das suas.
Enquanto dia 12 de Abril não chega, Lewis Hamilton é o líder do campeonato, tendo mais 3 pontos que Vettel e 10 que Nico Rosberg.
Se na Malásia o show foi bonito de se ver, no Qatar foi mais do mesmo.
Se esquecermos a corrida da Moto2, em que Jonas Folger venceu sem posição,
na Moto 3 foi uma corrida de cortar a respiração,
com Alexis Masbou na Honda nº10, a bater Enea Bastianini na Honda nº33, mesmo em cima da meta.
Quanto ao Miguel Oliveira, para além da 16ª posição e uma queda que ninguém lhe tira,
ficam dois sentimentos contraditórios, primeiro é que tem ritmo para andar na frente e isso é muito bom, o segundo, deve deixar de pensar que é um cavaleiro solitário como o foi na qualificação, ao tentar fazer tudo sozinho, pagando caro mais tarde na corrida, ao ver-se envolvido em lutas que não eram suas, se tivesse sido inteligente no dia anterior.
Enfim, ficou a demonstração do talento na pista e a esperança que melhores dias virão para o piloto português da KTM nas provas que se avizinham, começando já no GP das Américas.
Talento foi coisa que também não faltou na corrida da classe rainha,
fosse pelo campeão Marc Marquez, a recuperar da 16ª posição, após um chega para lá logo na 1ª curva, para terminar em 5º,
fosse pelas Ducati dos Andrea, o Iannone em 3º e o Dovizioso em 2º,
fosse por Valentino Rossi, o doutor das corridas, que soube qual o melhor remédio para ser o vencedor.
Este “jovem” de 36 anos e com 7 títulos de campeão, não pára de impressionar.
Impressionante foi também o final da corrida da Cup Series em Martinsville,
com a luta entre Denny Hamlin no Toyota nº11 e Brad Keselowski no Ford nº2.
Não foram poucas as vezes que Keselowski teve Hamlin à sua mercê, mas o nº2 foi guardando o ataque final para a última curva da última volta, desferindo então um ataque feroz.
Ainda que feroz, foi dentro dos limites da competirão saudável no que aos stocks cars diz respeito, não admira por isso que que Hamlin tenha resistido e com isso levado para casa o 5º relógio do avô.
Levou o relógio para casa, semeou-se na Chase Grid 2015 e deu a vitória à Toyota, faminta que estava de vencer na divisão principal da Nascar.
Quanto a pontos, Kevin Harvick à direita na foto, é o líder, seguido por Joey Logano à esquerda, com menos 24.
Martin Truex Jr é 3º a 32, impressionando mais uma vez com o top 10 em Martinsville.
Também impressionante foi a forma como Chase Elliott tratou o chevy nº25 na sua estreia na Cup Series, terminando na 38ª posição.
Normal foi a vida dos 43 pilotos nesta oval, com muita chapa batida e a corrida a ser interrompida por 16 vezes.
As equipas têm agora 15 dias para recuperar das mazelas desta corrida, voltando novamente na noite de 12 de Abril na oval do Texas.
Roger Penske pode não ter vencido com os seus Ford em Martinsville, mas dominou a 1ª corrida do ano dos Indycars em St Petersburg, com os seus 4 Dallara com motor Chevrolet nas 5ªs posições, apenas separados por Tony Kannan no 3º lugar.
Nem a pole position lhe escapou, graças ao campeão Will Power, sempre mais rápido que todos os outros, excepto nos momentos finais da corrida,
quando a equipa de boxes de Juan Pablo Montoya foi a mais rápida, colocando o colombiano na 1ª posição, de onde não mais saiu.
Com esta foto cheia de competitividade, assim terminou um fim de semana cheio de corridas muito boas.
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