As fotos do fim de semana
Quando uma marca domina duas categorias do desporto motorizado diferentes como as do DTM e do WEC, só pode ficar em destaque.
Podia ter sido um dos 3 Audi que participou nas 6 horas de Spa-Francorchamps, mas a escolha recaiu no vencedor da 2ª corrida do DTM em Hockenheim porque afinal este campeonato estava a dar os seus primeiros passos em 2015.
Para além destas duas categorias, houve também V8 Supercars, Nascar, MotoGP, WRXC, USCC e WTCC.
E tudo começou com os ….
V8 Supercars em Perth, que iriam ter 3 corridas, duas no sábado com 60 km e uma no domingo com 200.
No sábado a história “pintou-se” de azul, com o Ford nº5 de Mark Winterbottom a vencer ambas as corridas,
enquanto o azul nº6 de Chaz Mostert terminava-as em 2º, nunca deixando de ter os olhos postos na 1ª posição.
Com tanto domínio e com ambos os carros a saírem da grelha de partida para a corrida de domingo na 1ª linha, era de esperar que fosse um deles o vencedor.
E até iam bem lançados, só que, quando o pace car entra em pista, a coisa pode complicar-se e neste caso complicou-se mesmo para os azuis da Ford, que preferiram não arriscar em terminar a prova com os pneus mais macios devido à quantidade de voltas que ainda faltavam, acabando por ser engolidos pelos que o fizeram e no fundo pela sua própria estratégia.
Um deles foi o Mercedes de Will Davison que passou por eles que nem uma flecha.
Foi por eles e pelo Holden Commodore nº888 de Craig Lowndes, o último adversário que poderia evitar uma vitória tão saborosa, como na realidade o viria a ser.
Quanto ao nº888, pode não ter resistido ao Mercedes de Davison, mas saiu de Perth no comando dos pontos, tendo agora 717, mais 52 que James Courtney e 74 que Winterbottom.
Os V8 Supercars voltam à ribalta daqui a “15 dias”, com mais 3 corridas em Winton.
Voltando ao dia anterior e a Hockenheim, era tempo do DTM dar o pontapé de saída em 2015, agora com 2 corridas por jornada.
A Audi mostrava garras,
primeiro com o laranjinha de Jamie Green a vencer a 1ª corrida
e depois com o azul escuro de Mattias Exkstrom no domingo.
Quanto ao azul escuro do BMW nº13 de António Félix da Costa, não há muito para dizer, a não ser a desilusão de ter terminado ambas as corridas no fundo da tabela, a primeira devido a um incidente de corrida logo no inicio com um adversário e a segunda devido à chuva, que parece não ter gostado das afinações do BMW para esse estado de pista.
Pode ser que a razão de tão fraca exibição à chuva seja encontrada e a coisa melhore no final do mês, por alturas da 2ª jornada em Lausitzring, até lá fica a impressão que, pelo menos em piso seco, o AFC tem garras para andar dentro do top 10.
Enquanto a 2ª jornada não chega, ficam as contas do campeonato, com a Audi a dominar as 3ªs posições e Edoardo Mortara na frente com 30 pontos, mais 5 que Mattias Ekstrom e Jamie Green.
Aproveitando que ainda estamos em Hockenheim, por lá aconteceu a 2ª jornada do WRXC, com as 4 heat races a serem dividas entre 6ª e sábado e as semi e final no domingo.
Por aqui também houve domínio de uma marca, mas esta em vez de “falar” alemão, era francês de sotaque Citroen, com o inglês de Liam Doran a ser uma agradável surpresa durante as heat races
e o norueguês de Petter Solberg, a ser a confirmação na final, trazendo o troféu da vitória para casa.
Trouxe a vitória e a 1ª posição no campeonato, só que agora isolado, tendo 57 pontos, mais 15 que Johan Kristoffersson e mais 20 que Andreas Bakkerud.
O WRXC volta aos derrapanços para a 3ª ronda, entre 15 e 17 de Maio na Bélgica.
Já que a Bélgica veio à baila, porque não um saltinho ao circuito de Spa onde se realizou a 2ª prova do WEC ?
De resistência não teve ela nada, se pensarmos que a diferença entre os 2ºs foi de apenas 13 segundos.
Infelizmente para a Toyota, a tremideira era tanta, que não foi uma das marcas envolvidas na luta pela vitória final,
cabendo esse papel à Porsche e à Audi, cada uma delas com 3 LMP1 à partida.
Desses 6 protótipos, andava o nº9 que falava português com o sotaque de Filipe Albuquerque, tendo terminado em 4º, com os olhos postos na preparação para as 24 horas de Le Mans.
Sem pensar na prova francesa, mas apenas na vitória em terras belgas e nos pontos para o campeonato, andava o Audi nº7 de Marcel Fassler/André Lotterer/Benoit Tréluyer.
E assim foi, venceu mais uma vez, mostrando que o Audi made para 2015 é muito competitivo e como senão bastasse, tem uma equipa de boxes que sabe ler melhor que ninguém o que se passa em pista.
Serão eles os grandes favoritos à vitória nas 24 horas de Le Mans ?
Entretanto na classe LMP2 não houve quem discutisse o domínio do Gibson/Nissan nº38 da Jota Sport, com uma tripla de pilotos formada por Simon Dolan/Mitch Evans /Harry Tincknell.
Também nas classes GT não houve quem parasse os Aston Martin, com o nº99 a vencer nos profissionais com a tripla Alex Macdowall/Fernando Rees/Richie Stanaway e com o nº98 nos amadores, tendo como pilotos Pedro Lamy/Paul Dalla Lana/Mathias Lauda.
Pode não ter tido ritmo para derrotar o Aston nº98 de Pedro Lamy, mas o Ferrari nº83 de Rui Águas com François Perrodo/Emmanuel Collard, afirmam-se como grandes rivais, tendo conseguido mais um 2º lugar.
Será que o vai ter na próxima prova ?
E a próxima prova é …. as 24 horas de Le Mans entre 13 e 14 de Junho.
Preparem-se para uma batalha de gigantes !!
Gigantes foram os acidentes na corrida de sábado da Xfinity Series realizada na gigante oval de Talladega, enquanto tentavam dar as 113 voltas programadas.
Não foi fácil terminá-la porque de vez em quando havia “molho”
e muita chapa retorcida.
Nada que Joey Logano não estivesse à espera, daí ter-se colocado na frente do pelotão na parte final da corrida, evitando assim a confusão atrás de si e colocando-se na linha da frente para discutir a vitória.
Vitória essa que viria a acontecer com toda a naturalidade.
Apesar de ter andado a fazer corta mato, Ty Dillon resistiu até final, tendo tido como prémio a manutenção no 1º lugar dos pontos, conseguindo aumentar de 8 para 9 a vantagem para o 2º classificado que é agora Chris Buescher e 37 para Chase Elliott que teve um dia “desgraçado”.
Desgraçada não foi com certeza a prova de Miguel Oliveira no gp de Espanha da classe Moto3.
Muito pelo contrário, o piloto português andou sempre no grupo da frente, liderou voltas, subiu ao pódio com um 2º lugar e no final, somadas as contas, subiu ao 7º lugar no campeonato com 33 pontos.
Infelizmente para ele, o único que ficou à sua frente na corrida, acontece ser Danny Kent, que assim, para além de ter vencido 3 em 4, lidera confortavelmente a classificação geral, tendo 91 pontos, mais 31 que Efren Vazquez e mais 39 que Fabio Quartararo.
Entretanto na Moto2,
o maestro foi Jonas Folger, aproveitando a vitória para se aproximar de Johann Zarco que é 1º nos pontos com 73, mais 16 que o alemão vencedor e mais 24 que Alex Rins.
Para que a história de Jerez fique completa, falta a corrida da classe rainha, com Marc Marquez a perguntar a si próprio se teria dedos para fazer frente às Yamaha, Ducati, Suzuki ….
Teve dedos para todas elas, excepção feita à Yamaha de Jorge Lorenzo que estava endiabrado, não dando chances a ninguém, tão dominante foi a sua vitória.
Se na corrida foi a Yamaha de Lorenzo que venceu, nos pontos é a de Valentino Rossi quem comanda, tendo 82 pontos, mais 15 que Andrea Dovizioso e mais 20 que o seu colega de equipa.
As 2 rodas das 3 classes da MotoGP voltam a rugir no dia 17 de Maio, por altura do gp de França.
Por falar em França, a francesa Citroen continua a dominar no WTCC, conseguindo colocar os seus 4 pilotos na 1ª corrida realizada na Hungria no top 6, incluindo a vitória pelas mãos de José Maria Lopez.
O que não conseguiu foi evitar a vitória de Norbert Michelisz na 2ª corrida, porque este fartou-se de fazer contas na qualificação, para ficar no 10º lugar na grelha para a 1ª corrida e assim partir em 1º para a 2ª.
Complicado ou nem por isso ?
Para além de ter feito bem as contas, Michelisz sabia que os Citroen iriam ter dificuldade em ultrapassar no Hungaroring.
Foi o que aconteceu, com o Honda de Tiago Monteiro a servir de rolha à armada Citroen.
O piloto português terminaria a 2ª corrida na 4ª posição, atrás dos Tom, o Coronel em 2º e o Chilton em 3º.
Com o 5º lugar na 1ª corrida ao 4º da 2ª, o piloto português volta a ser quem mais próximo está dos Citroen nos pontos, estando em 4º com 58, menos 28 que Yvan Muller, 38 que Sebastien Loeb e 71 que José M. Lopez.
A próxima ronda do WTCC, para além de ser a 4ª, realiza-se no sábado 16, com o famoso circuito de Nordschleife a ser o palco das 2 corridas.
Quanto a corridas no continente europeu era tudo, faltavam as que se disputavam em solo norte-americano.
Primeiro era a da Cup Series em Talladega e enquanto esta ia dando voltas e mais voltas à superspeedway, começava a corrida do USCC no circuito de Laguna Seca.
Da primeira recordo a “cabeçada” que Michael Waltrip deu a Brian Scott, ficando ambos KO.
Também recordo o vasto domínio da Hendrick Motorsports, que liderou 167 das 188 voltas da corrida,
incluindo a última pelo chevy nº88 de Dale Earnhardt Jr,
que assim se junta ao clube dos pilotos na Chase Grid 2015.
Também houve um big one
e um carro da RCR em chamas, algo que já começa a ser norma neste campeonato.
Finalmente, também houve procissão, infelizmente na pior altura, ou seja, no final da corrida, resta agora saber se por culpa dos Hendrick boys com uns chevy muito fortes ou se porque outros não quiseram ser felizes.
Fosse qual fosse a razão, quem pagou o bilhete para assistir, merecia um melhor final, ainda que tudo se perdoe quando o vencedor foi quem foi.
Do sol de Talladega para a noite do Kansas, faltam apenas uns dias.
Para terminar o fim de semana de corridas, nada como o calor californiano para acolher o campeonato norte-americano de resistência, desta vez com as 4 classes em confronto.
Na classe protótipos a luta pela vitória resumiu-se aos Corvette DP nº 90 e nº 10, únicos capazes de manter um ritmo extremamente forte, enquanto negociavam um circuito extremamente desafiante.
Dos 2 Corvette DP, o nº90 levou a melhor porque soube ser o mais rápido quando foi preciso e essa altura foi quando teve pista à sua frente sem ninguém, conseguindo uma vantagem que lhe daria para manter o lugar quando o nº10 voltasse da sua última paragem nas boxes para reabastecimento.
Quanto ao Corvette DP nº5 de João Barbosa/Christian Fittipaldi, o melhor que conseguiram foi a 4ª posição depois de não terem conseguido as melhores afinações para a corrida durante os treinos.
Também não conseguiram manter a 1ª posição no campeonato por troca com Michael Valiante/Richard Westbrook, vencedores desta corrida com o nº90.
A próxima prova vai ser em Belle Isle, onde o nº5 costuma ser muito competitivo…mas também os outros !!!
Na classe PC, o Oreca FLM09 nº11 da RSR Racing com a dupla Bruno Junqueira/Chris Cumming foi a melhor,
enquanto nos GTLM, o BMW Z4 nº24 do BMW Team RLL com a dupla John Edwards/Lucas Luhr não deu hipóteses a mais ninguém.
Nos GTD, o melhor foi o Porsche 911 nº73 da Park Place Motorsports com a dupla Spencer Pompelly/Patrick Lindsey.
Com óculos ou sem óculos, mais pormenor menos pormenor, assim foram as corridas do fim de semana que passou.
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