As fotos do fim de semana
A foto pode não ser a melhor e o momento até pode revelar nabiçe do piloto, mas por aqui tem um outro significado e esse é o dia em que um jovem piloto de apenas 18 anos na sua estreia oficial na divisão principal da Nascar, pôs os olhos em bico a muita gente.
Para além da Cup Series, durante o fim de semana houve ainda a Indycar, Formula 1, Formula E, GT Open, Truck Series e BTCC.
E tudo começou à segunda hora de sábado com as ….
Carrinhas da Nascar às voltas na oval do Kansas.
Desde a 1ª volta se percebeu que a vitória dificilmente iria fugir a Erik Jones ou Matt Crafton,
a não ser que algo de estranho se passasse durante a corrida que teve 167 voltas.
Para além dos despistes que levavam a novos restarts
e a competição mais apertada,
originavam paragens nas boxes para troca de pneus e reabastecimento de combustível,
mas não como esta, que não estava programada e só para colocar uma dúzia de litros, como a que aconteceu a Erik Jones, faltavam 6 voltas para terminar a corrida, quando liderava confortavelmente.
Concluindo, a vitória iria cair nos braços de Matt Crafton, que soube melhor que ninguém como poupar combustível,
conseguindo ainda ampliar a sua vantagem no campeonato, tendo agora 175 pontos, mais 17 que Tyler Reddick e 18 que Erik Jones.
Johnny Sauter é 4º a 22, tendo este e a concorrência, a oportunidade de diminuir as suas desvantagens no próximo fim de semana na oval de Charlotte.
Ainda no sábado, a bonita cidade de Monte Carlo recebia a 7ª prova da Formula E.
O circuito seria encurtado em “metade”, com os pilotos a cortarem à esquerda no final da recta da meta, em vez de subirem para o casino.
Uma vez feita a cortada, tinham uma pequena recta que os levaria à zona do porto, só que antes de lá chegarem, já o safety entrava em pista, devido ao voo acrobático de Bruno Senna,
que originaria uma tremenda confusão e uma enorme quantidade peças espalhadas pelo asfalto.
Ficou-se com a sensação que a corrida iria ser bastante animada, mas afinal acabaria por ser uma procissão,
com Sebastien Buemi sempre na frente, recolhendo os aplausos da vitória e a maior quantidade de pontos para o campeonato, subindo assim à 3ª posição da geral com 83, atrás de Nelson Piquet Jr com 89 e Lucas Di Grassi com 93.
Quanto ao português António Félix da Costa, depois de partir em último, devido ao despiste na qualificação, ter evitado os acidentes à sua frente, acabou a corrida em 10º e caiu para 7º nos pontos, tendo agora 45.
A Formula E volta a competir a 23 de Maio nas ruas de Berlim.
À mesma hora que começava a Formula E, começava também a 1ª corrida do fim de semana do GT Open no circuito do Estoril.
Eram 10 os pilotos portugueses que competiram nas duas corridas, mas nenhum foi melhor que a dupla Filipe Barreiros/Francisco Guedes, ao terminarem em 3º na 1ª corrida.
Foi por uma nesga que esta dupla bateu o McLaren de Álvaro Parente/Miguel Ramos.
Quanto à 2ª corrida, o melhor foi César Campaniço com o checo Joel Camathias na 4ª posição.
Voltando à dupla Miguel Ramos/Álvaro Parente, líder do campeonato à entrada desta jornada, para além da 4ª posição na 1ª corrida, conseguiu um 5º na 2ª e só não foi melhor nesta porque, quando dominava a 1ª parte da prova, o safety car iria entrar em pista e iria dissipar toda a vantagem até aí acumulada.
“Graças” ao Lamborghini que vem atrás e que provocou essa fatídica entrada do safety car e aos 7º lugares na 1ª corrida e 2º na 2ª, a dupla Pasin Lathouras/Michele Rigolo é agora líder isolada do campeonato com mais 1 ponto que a dupla portuguesa do McLaren.
A luta Ferrari/McLaren promete continuar no fim de semana de 7 de Junho no circuito de Silverstone.
Ainda no sábado, pela hora do jantar, começava a 5ª prova da indycar Series no circuito de Indianapolis.
Ei-los a chegar ao final da recta da meta, quando……….
a confusão se instala, devido ao toque dado pelo Dallara de Hélio Castroneves no de Scott Dixon.
Com a entrada imediata do safety car para limpeza da pista, tanto o piloto brasileiro como o neozelandês e outros tiveram oportunidade de ir às boxes para reparações, mas as suas corridas ficavam comprometidas, pelo menos na luta pela vitória, ainda assim Castroneves terminaria na 6ª posição e S. Dixon na 10ª.
Enquanto uns minimizavam os “estragos” da 1ª volta, outros maximizavam-nos, como foi o caso de Will Power, que ao partir da 1ª posição da grelha, para além de evitar a confusão, liderava a corrida para mais tarde ser o vencedor.
Graham Rahal, fruto de paragens nas boxes para reabastecimento e troca de pneus muito rápidas, para além dum ritmo muito vivo, ainda pressionou o piloto australiano, mas no final teve que se “contentar” com a 2ª posição.
A 3ª seria para Juan Pablo Montoya, que assim mantém o 1º lugar nos pontos, tendo agora 171, mais 5 que W. Power e mais 10 que H. Castroneves.
Enquanto vou escrevendo estas linhas, os indycars começam a dar as 1ªs voltas dos treinos como preparação para as famosas 500 milhas de Indianapolis, a realizar no dia 24 de Maio.
Já no domingo, sob o signo da esponja e ainda sem que a 1ª hora do dia estivesse concluída, começava mais uma prova da Cup Series, desta vez na oval do Kansas.
Sob ameaça de chuva que acabaria por interrompê-la durante 2 horas, a prova teria 3 grandes protagonistas.
O primeiro e talvez o maior perdedor foi Martin Truex Jr, dominando-a, fosse antes ou depois da chuva, para depois perder a possibilidade de lutar pela vitória com uma jogada estratégica, por ocasião da última bandeira amarela, ao colocar uns litros de combustível sem ter trocado pelo menos 2 pneus.
O segundo foi Erik Jones, não pela cabeçada que deu no muro, mas porque quando a deu, lutava pelas primeiras posições com Kevin Harvick, Jimmie Johnson e Dale Earnhardt Jr, isto na sua corrida de “estreia” na Cup Series.
Para a história dos nºs, terminou apenas na 40ª posição, mas em termos de futuro, ficou com a garantia que não vai para lado nenhum porque a Toyota não vai deixar que deixe de competir com os seus carros, seja em que divisão da Nascar for.
How cool is that, quando o rapazola tem apenas 18 anos !!!
Quanto ao 3º protagonista, acabaria por ser Jimmie Johnson, não porque venceu a corrida, isso já é habitual, mas porque soube aguentar essa posição com pneus velhos, enquanto via nos seus “retrovisores” uma ameaça chamada K. Harvick bem mais rápido por ter pneus mais novos.
É certo que teve sorte porque ficaria sem combustível logo a seguir, mas isso fazia parte do risco, algo que nem K. Harvick ou M. Truex Jr. quiseram correr, daí não terem vencido.
Esta foi a 3ª vitória do 6X campeão na temporada que continua a ter K. Harvick em 1º com 437 pontos, M. Truex Jr em 2º com 391 e ele próprio em 3º com 389.
A próxima prova será também à luz dos holofotes, só que em vez dos pilotos lutarem por pontos, vão lutar pelo prémio de 1 milhão de dólares, ou não fosse a All Star Race em Charlotte.
Um pouco depois do meio dia de domingo, o BTCC começava a 3ª jornada com a 1ª de 3 corridas programadas.
Na primeira, os Hondas de Gordon Shedden, 1º e Matt Neal, 2º, não tiveram adversários.
Na segunda e apesar de ter vencido, Jason Plato no VW viu-se e desejou-se com o BMW de Robert Collard.
Na terceira e para não variar, houve mais um vencedor diferente, desta vez tendo como protagonista Adam Morgan em Mercedes.
Em termos de campeonato, continua a ser um Honda na frente, mas agora com Gordon Shedden na frente, tendo este atrás de si e a 8 pontos o VW de Colin Turkington e o Honda de Matt Neal a 11.
O BTCC volta a entrar em palco a 7 de Junho no circuito de Oulton Park.
Para terminar o fim de semana de corridas, só faltava o grande prémio de Espanha de Formula 1.
Apesar de pintada de prata, como habitual de resto, o 1º lugar da 1ª linha da grelha tinha um freguês diferente, personificado na pessoa de Nico Rosberg.
O piloto alemão parecia assim com forças rejuvenescidas para lutar pelo titulo de campeão.
Porque as aparências por vezes acabam por tornar-se realidade, depois dum excelente arranque, N. Rosberg começou a afastar-se do pelotão a um ritmo tão grande que dificilmente iria perder a corrida.
Para lhe facilitar a vida, teve ainda a ajuda do Ferrari de Sebastian Vettel, que para além de não ter ritmo para o acompanhar, servia de rolha a L. Hamilton.
Depressa a box da Mercedes se apercebeu que dificilmente conseguiria livrar-se da rolha em condições normais, daí a mudança de estratégia para o piloto inglês, que assim iria parar 3 vezes para troca de pneus.
A estratégia deu resultado, pelo menos em termos de conquista do 2º lugar porque o 1º, há muito estava perdido.
Com os 3 lugares do pódio definidos, restava saber como iria ficar a luta entre Valtteri Bottas no Williams e o Ferrari de Kimi Raikkonen.
Também aqui a estratégia da troca de pneus foi usada, só que o Ferrari não teve força, mesmo com pneus mais frescos que os do Williams, para consumar a ultrapassagem no final da corrida.
Depois de Felipe Massa que fez uma prova sem chatear ninguém, terminando em 6º, chegou o Red Bull de Daniel Ricciardo mas já a 1 volta, provando que muito há a fazer na equipa austríaca e muito principalmente nos motores Renault para apanharem o comboio dos 1ºs.
Depois de Romain Grosjean em 8º, terminaria o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr., desta vez na frente do colega de equipa Max Verstappen e a fechar o top 10, chegaria o RB de Daniil Kvyat.
Como terão reparado, não houve McLarens nos 10ºs, o que não é de admirar, apesar das promessas dum monolugar rejuvenescido com um motor Honda mais potente, uma aerodinâmica mais eficiente e, porque não, uma imagem mais agressiva.
Se a agressividade de nada resultou para os lados da McLaren, deu e de que maneira na forma como N. Rosberg abordou a corrida,
tendo tido como recompensa a vitória no grande prémio espanhol e mais, a diferença pontual para o comandante Hamilton diminuiu para 20 pontos, enquanto S. Vettel fica agora a 31 do inglês.
A Formula 1 volta à ribalta em Monte Carlo a 24 de Maio, por alturas do GP do Mónaco.
By the way, N. Rosberg venceu as 2 últimas edições deste gp.
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