As fotos do fim de semana
Fim de semana em grande para o mundo das corridas, com as 24 horas de Le Mans em grande destaque.
Para além do WEC, houve ainda o WRC na Sardenha, Cup e Xfinity Series em Michigan, Truck Series em Gateway, MotoGP na Catalunha e Indycars em Toronto.
E a competição começou cedo, foi logo na 5ª feira ao final da tarde com ….
Martin Prokop a surpreender tudo e todos, ao ser o mais rápido na super-especial, sendo assim o 1º líder do rally de Itália/Sardenha.
Mal o dia de 6ª feira começava e ficavam pelo caminho o VW Polo de Andreas Mikkelsen e o Citroen de Kris Meeke, este em grande estilo.
Em grande estilo, ainda que de outra forma, estava o Hyundai de Hayden Paddon, que ia acumulando segundos e mais segundos na frente do rally, terminando o dia em 1º, seguido pelos VW de Jari-Matti Latavala e de Sebastien Ogier.
Já no sábado, ainda com H. Paddon na frente, mas com o VW de S. Ogier cada vez mais ameaçador, visto que o de Latvala furava e perdia algum tempo,
começavam pelas 2 da tarde as 24 horas de Le Mans.
No entanto, antes de começarem, foi possível verificar nas boxes e na grelha de partida que afinal haviam grid girls, ao contrário do que a FIA pretendia no WEC e que era “bani-las”.
Logo à primeira das 24 horas, foi possível verificar que a Toyota estava apenas a cumprir calendário, visto não ter ritmo para acompanhar os 3 Audi e 3 Porsche que se iam afastando a um ritmo de 4 a 5 segundos por volta.
Quanto à Nissan que voltava ao WEC com um protótipo absolutamente revolucionário, foi aquilo que se suspeitava, ou seja a necessidade de mais uma revolução, agora para tornar o GT-LM Nismo competitivo, tão má foi a sua prestação.
Desilusões à parte, tínhamos uma luta fabulosa, com os Porsches e Audis a revezarem-se na 1ª posição.
O nº9 da marca dos anéis então voava, com Filipe Albuquerque ao volante, estabelecendo a volta mais rápida na altura e liderando durante algum tempo, aliás, até ao inicio da manhã de domingo, seria um dos que mais luta deu ao futuro vencedor.
Enquanto Porsches e Audis trovavam galhardetes nas 24 horas, Sebastien Ogier passava para a frente do rally já perto do final do dia de sábado, de onde não mais sairia.
Por volta das 7 da tarde, provavelmente com os mecânicos da Hyundai a recuperar o I 20 de H. Paddon para domingo, começava a corrida da Xfinity Series na oval de Michigan.
O grande destaque desta corrida era Kyle Busch que voltava ao volante do Toyota nº54, depois do acidente que sofrera em Daytona neste “mesmo” carro e numa prova para este campeonato.
E não fez por menos, visitou o victory lane.
Quanto às contas do campeonato, Chris Buescher com um 4º lugar aumentou para 25 pontos a sua vantagem em relação a Ty Dillon que terminaria em 13º, enquanto Chase Elliott com o 2º lugar, viu encurtar para 35 a sua desvantagem para o jovem do Ford nº60.
Enquanto terminava a Xfinity em Michigan, a noite caia em Le Mans, com Porsches e Audis sempre na luta pelo 1º lugar à geral, enquanto Pedro Lamy na classe GTE-AM ia mostrando que dificilmente a vitória nesta classe lhe escapava, tão forte era o Aston Martin nº98.
De forte não tinha nada o CLM P1/01 da equipa Bykolles, que com Tiago Monteiro e companhia ao volante, quase passava mais tempo nas boxes que a competir em pista.
Ainda assim o nº4 de Tiago Monteiro da classe LMP1, iria terminar a 83ª edição das 24 horas na frente dos 3 Nissan.
Muitos problemas também para João Barbosa no Ligier JS P2 Judd nº40 da Krohn Racing, mas quando este LMP2 tinha o piloto português ao volante, o carro andava que se fartava, talvez por isso necessitasse de parar nas boxes mais vezes do que o habitual.
Problemas ainda para o Ferrari 458 Itália nº83 da AF Corse, não podendo Rui Águas lutar pela vitória na classe GTE-AM, conseguiria ainda assim terminar em 4º na classe.
Sem problemas e com ritmo até dizer chega, a noite era dominada pelo nº19, o menos favorito dos três Porsches à partida, tendo como pilotos Nico Hulkenberg, Nick Tandy e Earl Bamber.
A temperatura fria do asfalto parecia ser a razão porque os Audi nº9 e nº 7 tinham dificuldade em acompanha-lo, restava esperar que o sol quando aparecesse na manhã de domingo voltasse a equilibrar a parada.
Já a noite ia longa em Le Mans,
com um atraso devido à chuva, começava a corrida da Truck Series na oval de Gateway por volta das 4.
Por aqui o grande vencedor seria o jovem Cole Custer,
enquanto os grandes favoritos, Erik Jones na Toyota nº4 e Matt Crafton na Toyota nº98, despistavam-se pelo caminho, ainda assim o nº98 mantinha a liderança nos pontos com mais 12 que TyLer Reddick, 9º na corrida e mais 30 que o nº4.
Voltando a Le Mans e antes de saltar até Barcelona, era o Porsche nº19 que continuava a dar cartas nos LMP1,
enquanto nos LMP2 era o Oreca 05- Nissan nº47 da KCMG, nos GTE-PRO era o Corvette C7R nº64 da Corvette Racing e nos GTE-AM era o Aston Martin nº98 de Pedro Lamy.
Com um olho em França, chegavam as 10 da manhã e o momento para assistir ao gp da Catalunha de MotoGP.
A Moto 3 foi a primeira a saltar para a pista e por aqui rapidamente se verificou que quem fizesse a 1ª curva depois da longa recta da meta, se soubesse defender-se na restante parte do circuito, iria ser o grande candidato à vitória.
Infelizmente Miguel Oliveira foi dos que não se apercebeu, daí ter terminado em 5º, quando era 1º à entrada para a última volta.
Não se apercebeu o piloto português, mas apercebeu-se Danny Kent, que vindo de trás, provavelmente de 5º, entrava para a 1ª curva em 1º de onde não mais sairia, aproveitando ainda para ampliar a sua vantagem nos pontos, tendo agora 149, mais 51 que Enea Batianini que terminaria em 2º e mais 72 que M. Oliveira, que ainda assim subiria à 3ª posição no campeonato.
Se o piloto português ainda aspira ser campeão nesta classe, vai ter de somar ao seu talento em cima da KTM, a inteligência que por vezes vai faltando quando ela é mais necessária.
Não por falta de inteligência, mas a vários pequenos problemas mecânicos, que o Audi nº9 de Filipe Albuquerque iria ficar arredado da luta pela vitória e mais ainda da subida ao pódio, tendo que se contentar no final com a 7ª posição, ainda assim ficou uma grande demonstração do piloto de Coimbra que certamente terá nova oportunidade em 2016.
Voltando a Barcelona por volta do meio dia e na Moto 2 Johann Zarco iria bater Alex Rins por uns míseros 0,4 segundos, aproveitando também para ampliar a vantagem no campeonato, tendo agora 40 pontos de vantagem para Tito Rabat e 54 para Sam Lowes.
Mais minuto menos minuto, Sebastien Ogier vencia a power stage na Sardenha e somava mais uma vitória às muitas que já conseguiu em 2015, fazendo o mesmo que D. Kent e J. Zarco, ou seja, ampliar a vantagem que tem para a concorrência, tendo agora 66 de vantagem para Mads Ostberg e 69 para Andreas Mikkelsen.
Por aqui o campeonato está entregue !!!
Quem também tinha razões para festejar em terras italianas era o neozelandês Hayden Paddon, que acabaria por terminar em 2º, tendo sido o único que verdadeiramente deu luta aos Polos da Volkswagen Motorsport.
Fruto de problemas alheios, Mads Ostberg por exemplo, Thierry Neuville subiria ao 3º lugar.
O WRC volta à ribalta com o Rally da Polónia no inicio do mês de Julho.
Faltava uma hora para terminar as 24 horas de Le Mans e começava a corrida da classe rainha da MotoGP.
Por aqui a corrida resumia-se pela perseguição que Valentino Rossi movia a Jorge Lorenzo na luta pelo 1º lugar, enquanto Marc Marquez, Andrea Dovizioso, Aleix Espargaro e outros iam ao tapete.
Sensivelmente à mesma altura e em Le Mans, ao tapete, ou melhor ao muro ia Paul Dalla Lana no Corvete nº98 de “Pedro Lamy”, perdendo assim uma vitória mais que garantida na classe GTE-AM.
Voltando a Barcelona, até porque a corrida acabava primeiro, o pódio foi todo Yamahas nas 2ªs posições, com o espanhol na frente do italiano.
Já nos pontos a situação inverte-se, pelo menos até ao gp da Holanda a 28 de Junho, com V. Rossi na frente de Lorenzo por um ponto, enquanto Andrea Iannone vem em 3º a 44.
Uma última paragem em Le Mans antes da próxima que será em 2016, só para dizer que o Porsche nº19 venceu mesmo, sendo seguido pelo irmão nº17 de Timo Bernard/Mark Webber/Brendon Hartley e pelo Audi nº7 de Marcel Fassler/André Lotterer/Benoit Tréluyer.
Na classe LMP2 o vencedor foi o Oreca 05-Nissan nº47 da KCMG, com Mathew Howson/Richard Bradley/Nicolas Lampierre ao volante.
Nos GTE-PRO os louros foram para o Chevrolet Corvette C7R nº64 da Corvette Racing, com Olivier Gavin/Tommy Milner/Jordan Taylor ao volante.
Só falta mesmo a classe do nosso descontentamento, diga-se GTE-AM, com o Ferrari 458 Itália nº72 da SMP Racing a vencer, tendo como pilotos Andrea Bertolini/Alexey Basov/Viktor Shaitar.
Mais resultados agora dos pilotos portugueses, começando pelo 7º lugar à geral e na classe LMP1 de Filipe Albuquerque, 26º lugar na geral e 4º na classe GTE-AM para Rui Águas, 32º lugar na geral e 12º na classe LMP2 para João Barbosa, 38º na geral e 9º na classe GTE-AM para Pedro Lamy e finalmente Tiago Monteiro em 39º na geral e 11º na classe LMP1.
Para terminar de vez, fica o grande vencedor da edição 2015, sendo ainda o alvo a abater em 2016.
Depois de uma soneca para retemperar energias, era tempo para 200 voltas à oval de Michigan num cup car e mais 85 ao circuito citadino de Toronto num indycar.
Haveria de ser esta última a começar e a acabar primeiro a corrida, apesar de também por terras canadianas, o tempo não estar para brincadeiras, muito menos a pista que estava molhada e traiçoeira.
Com o decorrer das voltas a pista foi secando, trocaram-se pneus para pista seca e a coisa lá foi correndo bem.
Mesmo bem só mesmo para a CHF Racing, que soube aproveitar da melhor forma as 2 bandeiras amarelas durante a corrida, para colocar os seus 2 pilotos, Josef Newgarden na 1ª posição e Luca Filippi na 2ª, de onde não mais sairiam.
Quanto a Juan Pablo Montoya, 7º na corrida, não deve ter ficado com grandes memórias, a melhor talvez seja mesmo o facto de continuar 1º nos pontos, ainda que tenha visto Will Power terminar em 4º e encurtar a vantagem que tinha, sendo agora 27, enquanto Scott Dixon ficou um pouco mais longe com o 8º na corrida e 45 de desvantagem.
Voltando ao vencedor, a brincar, a brincar, são já duas esta temporada, resta agora esperar para ver do que é capaz a 28 de Junho, por altura de mais uma prova, desta vez na oval de Fontana.
E para acabar o fim de semana temos, não 200 voltas, mas 138 divididas por várias interrupções devido a cargas de água, a última das quais de tal forma intensa que obrigaria a Nascar a encurtar a corrida.
Assim, as equipas foram obrigadas a competir entre elas e a jogar na lotaria das previsões meteorológicas e, claro, nestas situações há sempre alguém que arrisca mais.
O grande jogador foi Kyle Larson e por pouco não lhe saia a lotaria, digamos que falhou por 3 voltas, quando foi obrigado a dirigir-se às boxes para reabastecer.
Assim ficou a vitória para Kurt Busch, afinal era ele quem ia em 1º quando a chuva começou a cair, desta vez de uma forma que viria a ser definitiva.
Esta foi a 2ª vitória da temporada e se duvidas havia quanto à possibilidade de estar na Chase Grid 2015, elas desvaneceram-se por completo.
Se é certo que competir na chuva é impossível numa oval porque a Nascar não deixa, a verdade é que esse cenário pode acontecer na próxima prova que será em Sonoma, mas para isso terá de chover na Califórnia, de preferência pelas 20 horas do dia 28 de Junho.
Façam figas !!
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