As fotos do fim de semana
Este foi um daqueles fins de semana em que corridas não faltaram, começando logo na noite de 5ª feira com as carrinhas da Nascar, para terminar 4 dias depois com os monolugares norte-americanos da Indycar.
Entre os vários campeonatos em confronto e foram eles as 3 divisões da Nascar, os V8 Supercars, as 3 classes da MotoGP, ELMS, WTCC, DTM, USCC e Indycar, houve corridas para todos os gostos, que passaram por domínios absurdos, à incerteza de quem iria cortar a meta em 1º.
Também houve a emoção de ter visto a bandeira e hino portugueses a subir ao lugar mais alto do pódio por duas vezes, com António Félix da Costa no DTM e Filipe Albuquerque no ELMS a serem os protagonistas das proezas.
Infelizmente também deu para testemunhar a queda de Miguel Oliveira que iria afastá-lo do gp da Alemanha de Moto 3, o acidente de Tiago Monteiro na corrida 2 do WTCC e ainda o azar de João Barbosa em Mosport, que iria afastá-lo da vitória quando faltavam pouco mais que uma dezena de minutos para terminar a corrida.
Houve ainda o regresso do WTCC a Portugal pelas “mãos” e esforço da cidade de Vila Real e se é certo que a emoção era muita com a sua “estreia”, levando-me inclusivamente a pensar em dar lá um salto, acabou por não corresponder na pista devido a um traçado que não permitiu grande competição.
Tenso sido estes alguns dos momentos mais intensos do fim de semana, outros houve, começando com a Truck Series em Kentucky.
Por aqui caminhava-se para um photo finish entre Matt Crafton e Erik Jones, quando, faltavam 5 voltas para terminar a corrida, Ben Edwards “galgou” o muro de protecção, provocando de tal forma estragos na rede que protege os espectadores, que a corrida haveria de ficar por ali.
Caia assim a vitória nos braços de Matt Crafton, aumentando ainda a vantagem que este tem no campeonato para Tyler Reddick, que é agora de 20 pontos e de 29 para Erik Jones.
As carrinhas voltam à ribalta na madrugada do dia 22 de Julho, na oval em terra de Eldora Speedway.
Na noite seguinte foi a vez da Xfinity Series entrar em acção na oval de Kentucky, tendo como atracção principal a luta pela vitória, que quase de certeza iria ser entre Kyle Busch no Toyota nº54 e o Ford nº22 de Brad Keselowski.
A esses dois iria ter de se acrescentar o Toyota nº20 de Erik Jones, que haveria de perder a corrida devido uma rookie mistake na abordagem a um piloto atrasado.
Brad Keselowski vendo a oportunidade de reassumir o comando da corrida, não se fez rogado, acabando por agarrá-la com as duas mãos e vencer a corrida.
Incapazes de lutar pela vitória estavam os grandes candidatos ao titulo deste campeonato, ainda assim o dia acabaria por ser produtivo a Chris Buescher no Ford nº60, tendo aumentado a vantagem para Chase Elliott que é agora de 36 pontos e para Ty Dillon no Chevrolet nº3 que é de 46.
A luta pelos pontos vai continuar no próximo sábado, na oval de New Hampshire.
Em Townsville os V8 Supercars também foram à luta.
Infelizmente Mark Winterbottom, que já era líder do campeonato, não esteve com meias medidas e vai daí venceu as 2 corridas que por lá se disputaram, deixando a concorrência a coçar a cabeça, tal a vantagem que o piloto do Ford nº5 tem à entrada da próxima ronda que vai ser em Ipswish.
A vida começa a ficar muito complicada para Craig Lowndes, 2º no campeonato e na foto, já a 248 pontos, a Fabian Coulthard a 260, ou mesmo da concorrência que vem logo a seguir, que precisa quase de uma jornada completa de pontos, 300, para agarrar Mark Winterbottom sem que este pontue.
Se a isso acrescentarmos a maior competitividade dos Ford versus a Holden, Volvo, Nissan e Mercedes, não é difícil prognosticar pelo que se tem visto, que vão ser preciso “tragédias” para que a marca não seja campeã e M. Winterbottom também.
Do domínio Ford para o da BMW em Zandvoort no DTM, com Marco Wittmann a vencer a corrida de sábado e António Félix da Costa a de domingo.
O piloto português acabaria por ser a estrela principal da 4ª jornada do campeonato alemão de turismos, juntando à vitória de domingo, um 2º lugar na corrida de sábado.
Muita determinação, um BMW extremamente bem afinado e uma equipa de boxes sem falhas, foram os ingredientes para que a bandeira e o hino português fossem pela 1ª vez levantada e ouvido neste campeonato.
Em termos de pontos e antes da próxima ronda que vai ser no circuito austríaco de Spielberg, Jamie Green continua na frente com 81 pontos, seguido por Mattias Ekstrom e Pascal Wehrlein a 5, enquanto AFC sobe ao 8º lugar a 32.
Continuando sobre o signo domínio, o que dizer do ataque desferido pela Honda no gp da Alemanha, que levou Marc Marquez à vitória na classe MotoGP, secundado pelo Dani Pedrosa ou ……….
da vitória na Moto 3 pelas mãos de Danny Kent, secundado pelo colega de equipa Efren Vazquez.
Avassalador é a palavra correcta, felizmente o mesmo já não iria acontecer na Moto 2, com Xavier Simeon a bater Johann Zarco pela margem mínima de 0,083 segundos.
Se na corrida Valentino Rossi nada pôde fazer, pelo menos trouxe um 3º lugar que serviu para aumentar em 13 pontos a vantagem que tem para Jorge Lorenzo e 71 para Andrea Iannone.
A recuperar de uma fractura no 4º meta-carpo da mão esquerda depois da queda nos treinos, Miguel Oliveira não pôde batalhar pela 2ª posição nos pontos, tendo caído para 3º e com Enea Bastianini a 18 e Danny Kent a 88.
Na Moto 2 Johann Zarco pode não ter vencido, mas viu a sua vantagem ser ampliada, tendo agora 65 pontos de vantagem para Tito Rabat e 72 para Sam Lowes.
As máquinas fotográficas voltam a disparar no dia 9 de Agosto, por alturas do gp de Indianapolis, de preferência com Miguel Oliveira em acção na Moto 3 para ser fotografado.
Em Vila Real, palco da 8ª jornada do WTCC, também houve domínio, não só da Citroen que venceria as 2 corridas, como dos vencedores.
Na corrida 1 José Maria Lopez não dava hipóteses a Sebastien Loeb de o incomodar,
enquanto na corrida 2, Ma Qing Hua seria verdadeiramente avassalador, não deixando que Yvan Muller sequer sonhasse em lutar pela vitória.
Quanto a Tiago Monteiro, para além do banho de fãs e do 5º lugar na corrida 1…
haveria de apanhar um enorme susto na 2ª corrida por “vontade própria” e, por consequência, perder a 3ª posição nos pontos, caindo para 6º.
Apesar das mazelas sofridas com a manobra que levou à sua desistência, Tiago Monteiro fez o que tinha de fazer, ou seja, foi corajoso e não teve medo de ser feliz.
Feliz saiu José M. Lopez de Vila Real, aumentando ainda mais a vantagem que tem para Yvan Muller e Sebastien Loeb, tendo agora 55 e 92 pontos respectivamente.
Enquanto a 9ª jornada do WTCC no Japão não chega….
fica uma palavra de apreço pelo esforço que Vila Real fez em trazer de volta este campeonato a Portugal e a esperança que o traçado venha a ser bem melhor em 2016, promovendo o que faltou em 2015 e que foi a competição.
Enquanto Tiago Monteiro tudo fazia para ser feliz sem o conseguir, Filipe Albuquerque /Simon Dolan/Harry Tincknell, levariam o Gibson/Nissan nº38 da Jota Sport à vitória no circuito austríaco do Red Bull Ring, palco da 4ª jornada do ELMS.
Para além da vitória, equipa e pilotos saltariam para a frente dos respectivos campeonatos, tendo mais 2 pontos que a Thiriet By Tds Racing nº46 e mais 10 que a Greaves Motorsport nº41, quando faltam as provas de Paul Ricard e do Estoril para terminar o campeonato.
Se Filipe Albuquerque foi feliz e teve a sorte pelo seu lado, o mesmo não se pode dizer de João Barbosa/Christian Fittipaldi no circuito canadiano de Mosport, ao perderem uma vitória que parecia sorrir-lhes a pouco mais de 10 minutos do terminus da corrida.
Assim não quis o pneu traseiro esquerdo do Corvette nº5, obrigando a que este passasse mais uma vez pelas boxes para o trocar, enquanto oferecia a vitória de mão beijada ao Corvette nº10 dos irmãos Taylor.
Aquilo que poderia ter sido o voltar para a 1ª posição no campeonato, passou a ser o “reforço” da 2ª posição, estando agora a 5 pontos da dupla Richard Westbrook/Michael Valiante no Corvette nº90.
Assim é o mundo das corridas, umas vezes vencesse-se, outras perde-se, mas a vontade de voltar ao volante está lá sempre, a próxima vez em Road América no dia 9 de Agosto.
Por falar em vontade de competir, o que dizer de Kyle Busch e da sua prestação na oval de Kentucky, palco da 18ª prova do calendário da Cup Series ??
Assombroso !!!!!!!
De dentes cerrados, fosse no victory lane a celebrar a vitória conseguida, fosse na pista com os seus adversários, em especial Joey Logano na parte final da corrida, o piloto dos M&Ms começa a ver a luz ao fundo do túnel para ser mais um entre os 16 magníficos da Chase 2015, tendo agora que recuperar “apenas” 87 pontos para atingir o 30º lugar.
Por falar em Chase e 30º lugar, porque Kevin Harvick já não consegue descer para lá dessa posição até ao terminar da prova de Richmond, é garantido que vai ser um dos 16 pilotos que vai lutar pelo titulo, no seu caso, a tentativa de o revalidar.
Já sem o pacote aerodinâmico que tão boas provas deu em Kentucky, a Cup Series volta no próximo domingo na oval de New Hampshire, onde mais que a aerodinâmica, a mecânica vai ter uma palavra a dizer.
Para terminar o fim de semana de corridas, só faltava a Indycar Series em Milwaukee, oferendo a quem quis ver mais uma grande corrida destes monolugares.
Por aqui Sebastien Bourdais empacotou a concorrência de uma tal forma que, não só deu uma volta de avanço a todos em certa altura da corrida, como, no último resart com pneus mais velhos e com os adversários novamente na mesma volta e bem “calçados”, soube mantê-los atrás de si até cortar a meta em 1º.
Entretanto com o 4º lugar, Juan Pablo Montoya aproveitou a ida ao muro de Will Power para aumentar a sua vantagem nos pontos, sendo agora Scott Dixon a 54 e Graham Rahal a 69, os seus mais directos adversários.
A Indycar volta a andar às voltas na oval de Iowa no próximo sábado à noite.
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