As fotos do fim de semana
Numa altura em que os campeonatos rapidamente se aproximam do seu final, alguns deles praticamente definidos, ficou o desejo maior após este fim de semana, que a Moto 3 estivesse agora no seu inicio.
Mas antes de chegar às 2 rodas deste campeonato, vejamos o seguinte:
No WTCC a Citroen renovou o titulo de construtores conquistado em 2014, enquanto os seus “cabeças de lista”, José Maria Lopez e Yvan Muller, venciam as 2 corridas da jornada chinesa no circuito de Xangai.
Como senão bastasse, o piloto argentino, com os seus 75 pontos de vantagem para o francês, corre a passos largos para a renovação do titulo de campeão, podendo mesmo acontecer durante a próxima ronda a disputar na Tailândia.
Quanto a Tiago Monteiro, mesmo partindo do final da grelha nas 2 corridas, após não ter encontrado ritmo na qualificação, terminou-as em 7º e 6º, conseguindo manter-se na batalha pelo 4º lugar do campeonato, ainda que em 7º, mas apenas com menos 6 pontos que Gabriele Tarquini, 7 que Norbert Michelisz e 13 que Ma Qing Hua.
Temos assim uma boa razão para continuar a acompanhar este campeonato até à última corrida deste ano, apesar de neste apenas se falar franciu, desde que a Citroen decidiu “acampar” por estas paragens.
Se no WTCC e tudo a Citroen vai levar, na Moto 2 Tito Rabat tudo fez em Motorland para manter a luta pelo titulo ainda viva, conseguindo-o com uma excelente vitória, apesar dos esforços de Alex Rins na mota amarela.
Mesmo sem o ritmo habitual que vem mostrando, Johann Zarco com o 6º lugar na prova de Aragão, vai mantendo uma sólida vantagem de 78 pontos para o vencedor da prova, sendo este o único que ainda pode aspirar ao titulo que conquistou na época passada.
Entretanto na Formula 1 em Suzuka, foi business as usual, com Lewis Hamilton a conseguir mais uma vitória.
Os Mercedes recuperaram a forma perdida em Singapura e a concorrência apenas conseguiu ver a traseira dos monolugares alemães a afastarem-se, com a soma das voltas a concluírem-se.
Apesar de voltar ao pódio com o 2º lugar, Nico Rosberg deve ter saído do Japão com um amargo de boca, ao ser batido pelo seu colega de equipa no arranque e aí perder todas as hipóteses de vencer e mais importante ainda, ter colocado a diferença entre ambos em 48 pontos, quando faltam “apenas” 5 corridas para o final.
Vida ainda mais difícil para Sebastian Vettel, agora que está a 59 pontos do líder, embora se soubesse desde inicio que lutar pelo titulo seria sempre uma miragem.
Sem vencer nada, o momento do dia vai inteirinho para Fernando Alonso, que, quando batalhava em pista, comparou o motor Honda do seu McLaren, como se de um motor da GP 2 se tratasse.
Em terras alemãs, mais propriamente no Nurburgring, versão curta, Maxime Martin fazia a curva 1 em 1º na corrida 1 do fim de semana do DTM e assim terminava a corrida.
Como se de uma fotocópia se tratasse, Miguel Molina fazia o mesmo na corrida 2.
Quanto a António Félix da Costa, conseguiu pontuar na corrida 1 com o 9º lugar, o mesmo já não acontecendo na corrida 2, ao terminar em 15º.
Continuando a falar de pontos, muitos foram os que Pascal Wehrlein recolheu, ao terminar em 3º na corrida 1 e em 5º na 2, conseguindo aumentar para 37 a vantagem em relação a Edoardo Mortara e 38 para Mattias Ekstrom.
Boas noticias para o piloto do Mercedes nº94, quando faltam apenas 2 corridas para o términos do campeonato, ambas a realizar no circuito de Hockenheim.
E a ronda pelos campeonatos praticamente entregues termina com a Moto 3 e Danny Kent, que apesar de ter ido ao chão em Motorland, teve a sorte de ver o seu principal rival, Enea Bastianini, no chão também, não fazendo assim mossa aos 55 pontos que os mantêm separados.
Enquanto uns vão lambendo as feridas, outros vão celebrando e com justiça, como foi o caso de Miguel Oliveira, ao deixar de ter adversários na última volta, para vencer a sua 3ª corrida do ano.
Com esta vitória, o piloto português sobe à 3ª posição dos pontos, diminuindo para 75 em relação ao piloto inglês e se é certo que precisa de mais umas quedas deste para voltar à luta onde nunca verdadeiramente esteve, também é certo que fotografias como esta podem voltar a acontecer nas 4 provas que faltam para terminar 2015.
Chegamos assim aos campeonatos onde tudo está por resolver, começando pela Moto GP.
Por aqui não houve história quanto ao vencedor, com Jorge Lorenzo a sair que nem uma bala da grelha de partida, só parando no lugar mais alto do pódio.
Enquanto o piloto espanhol da Yamaha ia passeando a seu belo prazer, Marc Marquez ia ao chão e lá ficava, enquanto a Honda de Dani Pedrosa fazia pela vida, para manter a Yamaha de Valentino Rossi atrás de si.
Foi uma verdadeira batalha de gigantes que durou até à bandeira de xadrez , com o piloto espanhol a bater o piloto italiano.
Mesmo com o 3º lugar, a MotoGP continua a falar italiano, embora Valentino Rossi viu encurtado para 14, os pontos que o separam para o seu colega de equipa.
Mais episódios desta batalha monstruosa, pode ser acompanhada no grande prémio do Japão, daqui a “15 dias”.
Mais uma grande batalha pelos pontos se está a travar na Truck Series, com Erik Jones a manter o 1º lugar, ainda que tenha visto reduzir a sua vantagem para apenas 7 em relação a Matt Crafton e aumentada a vantagem para Tyler Reddick em 19.
Sem se preocupar com os pontos, Austin Dillon foi o vencedor da corrida em New Hampshire.
Sem pilotos da Cup Series a “chatear” em Las Vegas, a batalha vai continuar no próximo fim de semana, tendo como pontos principais saber se Crafton e Reddick conseguem fazer a vida ainda mais difícil a Jones.
Difícil foi também a vitória de Ryan Blaney na corrida da Xfinity Series em Kentucky, ….
mas mais difícil ficou a vida de Chris Buescher, líder do campeonato, ao terminar em 7º, atrás de Chase Elliott em 4º e Ty Dillon em 2º, entrando estes três jovens pilotos para a próxima prova em Dover, com 25 pontos a separá-los.
Ty Dillon lidera a “carga” dos chevrolet, tendo menos 19 que o ford do líder.
E o fim de semana termina com o mais competitivo dos campeonatos, ou não fosse obrigatório que 4 pilotos lutassem pelo titulo na última prova do ano.
Falo obviamente da Cup Series, depois da Nascar implementar os playoffs na chase a partir de 2014.
Se nesse ano Kevin Harvick foi quem mais deu que falar, também na deste ano continua a ser e se é certo que parece manter o carro mais competitivo, arrisca-se a ficar de fora da luta pelo titulo já no final da 1ª ronda dos playoffs, depois de meter os pés pelas mãos, quando tinha a corrida em New Hampshire no bolso, a não ser se fizesse uma grande asneira, como de resto veio a acontecer.
Com medo de perder a 1ª posição quando a bandeira amarela apareceu, faltavam ainda 52 voltas para o final da corrida, o piloto do chevy nº4 ficou em pista, em vez de rumar à box para colocar mais uns litros de combustível que garantiriam, pelo menos preciosos pontos e, em última instância, lutar pela vitória.
Como não o fez, foi perseguido pelos toyota de Denny Hamlin e Matt Kenseth, ambos com combustível para dar e vender, tendo que se defender com unhas e dentes, até ficar sem gota, sem unhas e sem dentes, faltavam 3 voltas para o final da corrida.
Como senão bastasse, viu a vitória cair nos braços da equipa que mais vem vencendo, a Joe Gibbs Racing, a mesma que Harvick tinha dito antes da chase começar, que iriam levar nas orelhas.
Não levaram nas orelhas e já tem essa mesma equipa 2 pilotos na fase seguinte da chase, depois da vitória de Denny Hamlin em Chicago e de Matt Kenseth agora em New Hampshire.
Ainda na Joe Gibbs Racing, Carl Edwards tem os 2 pés quase na fase seguinte, o mesmo já não se pode dizer de Kyle Busch, que, tal como Dale Earnhardt Jr, Paul Menard, Clint Bowyer e, claro, Kevin Harvick, necessitam de vencer a próxima corrida em Dover sem se preocuparem com a concorrência, se quiserem passar à 2ª fase dos playoffs.
Tremidos, mas sem precisar de vencer para passar, bastando controlar o seu andamento, estão Martin Truex Jr, Jamie McMurray, Jeff Gordon, Brad Keselowski e mesmo Kurt Busch.
Quantos aos restantes pilotos, começando por Ryan Newman ( lembram-se dele em 2014 ? ), Joey Logano e Jimmie Johnson, parecem ter um pé na fase seguinte, a não ser que o descalabro aconteça em Dover.
Resta esperar pela monster mile e verificar entre muitas coisas, se o campeão 2014 vai ser um monstro vencedor ou um monstro perdedor.
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