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Afinal como foi o fim de semana dos portugueses


Foi um fim de semana com resultados para todos os gostos.

Eram 7, os pilotos que tive a oportunidade de seguir durante o fim de semana que passou, com Miguel Oliveira na Moto3 em Assen, na Holanda, Tiago Monteiro no Porto, para o WTCC, Álvaro Parente no circuito de Paul Ricard, para a Blancpain Series e, finalmente, João Barbosa, Rui Águas, Pedro Lamy e Filipe Albuquerque no circuito de Watkins Glen, nos EUA,  para a Grand-am Series.

Vamos ver um por um como eles se portaram.

 

Miguel Oliveira

No artigo anterior, já tive oportunidade para escrever umas palavras sobre ele, fica, mais uma vez, a minha enorme admiração por este jovem que faz muito na pista com a relativamente “pouco” competitiva mota que tem à sua disposição.

Miguel Oliveira

Miguel Oliveira

Não quero com isto dizer que a sua Mahindra anda pouco, porque senão não saia do sitio, o quero dizer é que ele lutou com os outros pilotos pela vitória do GP da Holanda, com uma máquina menos competitiva que as KTM. Não fosse a falta de velocidade de ponta e, muito provavelmente, o piloto português teria feito ainda melhor.

Ficou em 4º lugar no GP da HOlanda e, relativamente aos pontos, ficou mais perto do 5º classificado que é Alex Marquez, estando a apenas 3 pontos do espanhol.

 

Como o próximo GP é em Sachsenring, um circuito deveras sinuoso, onde a perícia do piloto costuma sobressair, não me admirava nada de ver o Miguel Oliveira a mostrar todo o seu valor, intrometendo-se na luta pela vitória.

O GP da Alemanha realiza-se a 14 de Julho

 


 

Tiago Monteiro

Muito complicado escrever sobre a prestação deste piloto no circuito da Boavista onde se realizaram as 2 provas a contar para o WTCC

Tiago Monteiro

Tiago Monteiro

Devido ao facto do turbo do seu Honda Civic “andar aos saltos” durante a qualificação, não foi possivel ao português conseguir melhor que o 17º tempo, ou seja, com tão fraca posição na grelha de partida, não se podia esperar milagres da sua actuação, ainda assim, conseguiu chegar ao 9º lugar na 1ª prova.

Na 2ª prova, saindo da 14ª posição da grelha, cortou a meta em 11º.

 

Apesar dos resultados finais nas 2 provas, existe um denominador comum em ambas, a sua determinação, foi um piloto cheio de garra, que aproveitou todas as oportunidades que teve para ganhar posições.

Eu compreendo que estivesse em Portugal e quisesse dar o seu melhor em frente dos portugueses, mas se transportasse essa determinação para as outras provas, iria ganhar muito mais em termos de exibição, pontos e de estatuto no ceio do WTCC.

 

Em termos de pontos, mantém-se no 11º lugar do campeonato, com 62 pontos e mais longe dos que estão à sua frente.

A próxima jornada do WTCC vai ser na Argentina nos dias 3 e 4 de Agosto.

 


 

 Álvaro Parente

Grande prestação do piloto português que esteve este fim de semana a competir para a Blancpain Series, no circuito de Paul Ricard.

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Álvaro Parente

Tripulou, juntamente com Stef Dusseldorp e Alexander Sims, o McLaren MP12-C da equipa Hexis Racing, na categoria PRO CUP.

Ao contrário do que escrevi noutro artigo, desta vez, o piloto português fez o 1ª turno, em vez do 3º como tinha sido habitual em provas anteriores, aguentando-se sempre junto dos líderes da prova e, entregando o McLaren nas mãos de Dusseldorp na 3ª posição.

Mais um excelente turno do holandês que entregou a Alexander Sims  o McLaren em perfeitas condições para lutar pela vitória.

E a verdade é que acreditei que isso iria acontecer, apesar da pressão exercida pelo BMW Z4 nº3, só que uma saída larga após a recta mistral e o BMW aproveitou-se e ultrapassou “roubando” a vitória à tripla luso/holandesa/inglesa.

Foi pena, mas este tipo de situações só acontecem a quem luta pelas vitórias e, isso é o que interessa.

 

A próxima prova da Blancpain Series será na Bélgica, com as 24 horas de SPA, que se realizarão no fim de semana de 28-29 de Julho e onde deverão estar vários pilotos portugueses, o que vai obrigar a muito café. Lá terá que ser.

 


 

 João Barbosa

Sinceramente este piloto deixa-me abismado, nas últimas 3 provas, juntamente com Christian Fittipaldi, conseguiu um 2º, 1º, 1º , que mais se pode exigir de um piloto como este.

O seu turno para esta prova de 6 horas, no circuito de Watkins Glen, foi de enfiada, talvez uma forma de poupar o seu colega de equipa, que ainda não está em forma para aguentar estas pedaladas.

Foram cerca de 3 horas no Corvette DP nº5 da Action Express, que permitiram à equipa conquistar uns pontos para a Taça NAEC, visto que lideravam a prova, exactamente no meio desta.

 

João Barbosa e  Christian Fittipaldi

João Barbosa e Christian Fittipaldi

Mas o piloto português teve um pequeno contratempo, numa altura em que liderava a prova, Stephane Sarrazin deu-lhe um toque que fez com que o Corvette nº5 fizesse um pião, caindo para a 9ª posiçao, mas, a determinação do português foi gigante e recuperou várias posições, até ter que dar o seu lugar ao brasileiro que, com a ajuda de uma estratégia bem feita nas boxes, aproveitando ao máximo as condições atmosféricas, com a chuva a cair de repente no circuito, conseguiram colocar o Corvette nº5 na liderança de onde não mais saiu.

 

Foi um grande trabalho de equipa, que lhes valeu para a Taça NAEC a ascensão de Barbosa ao 1º lugar nos pontos com 31, seguido de Fittipaldi com 28.

 

9Em termos de campeonato, mais um grande pulo para cima, fruto, não só da vitória, como também, dos erros dos outros, mas isso, a mim, não me diz nada.

Está, então, Fittipaldi em 3º , com menos 4 pontos que os líderes e  João Barbosa com menos 6 pontos.

Agora, mais do que nunca, está em aberto a luta pelo titulo, depois de estarem praticamente arredados há 4 provas atrás.

 

A próxima prova será no fim deste mês, no circuito convencional que existe dentro da oval de Indianapolis.

Nessa prova, irá concluir-se a Taça NAEC, onde os 2 pilotos lideram a tabela.

Irá a Action Express separar o português do brasileiro para ter 2 coelhos na cartola em vez de um só, de forma a poder proteger-se dos ataques das outras equipas  ??

É uma boa pergunta não é  !!

 


 

 Filipe Albuquerque

Mais um piloto português que até estava a defender a sua liderança na Taça NAEC, na classe GT, depois da vitória nas 24 horas de Daytona.

Filipe Albuquerque

Filipe Albuquerque

O problema é que a sua equipa, a Audi Sport Customer Racing, fez uma grande asneira ao “obrigar” a que o piloto português ficasse mais uma volta em pista, numa altura de situação de bandeiras amarelas com pace car em pista, é que, o Filipe ficou sem combustível no seu Audi R8 e teve que ir a reboque para as boxes, perdendo muito tempo e muitas posições.

A partir daí, pouco mais podiam fazer os seus colegas de equipa, Edoardo Mortara e Dion Von Molke, que recuperaram até ao 9º lugar da sua classe.

 

Devido a este episódio, esta equipa de que faz parte o Filipe, caiu para 4º na Taça NAEC a 6 pontos dos lideres.

 

Resta, agora, que a prova de Indianapolis, onde irão participar, visto que não há DTM nesse fim de semana, lhes corra bem, ou então, muito mal aos seus adversários.

 


 

 Pedro Lamy

Não foi a melhor das prestações do piloto português na equipa Turner Motorspots nº93 para a classe GT.

Pedro Lamy

Pedro Lamy

O piloto português fazia equipa com Auberlen, Marsal e Schaldach, sendo, no entanto, o piloto que começou e acabou aprova.

E até nem se estavam a andar mal até que, já nas mãos do piloto português, uma penalização por estar mal colocado na formação para um resart, colocou o BMW M3 lá para trás na classificação, caindo de tal forma que acabou a prova em 13º da sua classe.

Foi pena porque na altura, estavam na volta do líder e com chances de um bom resultado.

 

Fica, agora, a minha curiosidade, para quem vai pilotar o Pedro na próxima prova em Indianapolis??  Para esta equipa na classe GT, ou para a 8 Star Motorsports na classe DP  ??

 

Se souberem a resposta, não se acanhem, eu agradeço.

 


 

 Rui Águas

O Rui era o piloto, de entre todos os portugueses, o que tinha menos hipóteses de brilhar, visto que tinha como seu colega de equipa, Robert Kauffman, um dos donos do Ferrari 458.

Rui Águas

Rui Águas

Ser-se dono da equipa não é problema, a desvantagem encontra-se no facto de ser um puro amador, que gosta de competir de vez em quando, sem se importar muito com os resultados.

 

Perante esta situação o que é que se pode esperar de Rui Águas  ?? Que cumpra a sua obrigação, que é andar depressa sem estragar o carro, algo que ele sabe fazer muito bem, daí participar em campeonatos no estrangeiro, o que não é para todos, infelizmente.

O piloto português, tal como seria de esperar, fez a maior parte da prova e concluiu-a na 10ª posição, trazendo o Ferrari inteiro para casa.

 

 

Está, assim, concluído o fim de semana dos pilotos portugueses, que viram a bandeira portuguesa, felizmente e mais uma vez, no lugar mais alto do pódio.

 

 

 

 

 

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