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O campeonato DTM está louco

Podem não acreditar mas é verdade é que a confusão é tanta nas provas do DTM deste ano, que é preciso estar hiper atento ao que se está a passar, para não perdermos o fio à meada.

Decididamente os dois compostos de pneus que têm de ser usados na prova, bem como o DRS para ajuda a concretizar, ou não, ultrapassagens, dá um outro sabor a este campeonato.

Que o diga Mattias Ekstrom, que venceu a prova disputada no circuito de Norisring, dando ainda a vitória à Audi, que não vencia neste circuito à uma carrada de anos.

 

Mattias Ekstrom

Mattias Ekstrom

 

Se alguém me dissesse que um piloto que partiu em 9º lugar venceu a prova, ou que alguém que partiu em  19º, cortou a meta em 5º, ou ainda, que pouco faltou para andarem à bofetada, diria que era impossível no DTM.

 

Só que isso são águas passadas, hoje em dia, numa prova do DTM, um carro, seja que marca for, desde que conduzido por um piloto, é claro, habilita-se a sair-lhe a sorte grande e vencer uma prova, basta para isso que as afinações sejam boas para os dois tipos de pneus, a equipa esteja inspirada quanto à estratégia a seguir, saiba reagir de acordo aos acontecimentos inesperados durante a prova e um piloto que esteja bem disposto e temos aqui, os ingredientes necessários para trazer a vitória para casa.

A luta no pelotão

A luta no pelotão

 

Vejamos a prova do vencedor, Ekstrom manteve-se em pista desde a largada, até perto do final da prova com os mesmos pneus, não quis saber da situação de safety car em pista e apenas os trocou, quando faltavam 7 voltas para o fim e não teve oposição.

Um Audi muito bom para os pneus duros e o ter feito ouvidos de marcador, foram as chaves para um piloto, que com o calibre de Ekstrom, não deixa fugir estas oportunidades.

 

Agora a prova de Filipe Albuquerque que partiu em 8º, à frente do sueco, portanto, fez 2 paragens e não fosse a desavença entre Paffett e Mortara na penúltima volta e teria terminado em 14º, sem esquecer que o seu ritmo de corrida até estava a ser muito aceitável.

Pois é, foi a estratégia que correu mal ao português.

De qualquer das formas, esta foi talvez a melhor prova de Albuquerque este ano, o que poderá ser um bom indicio para as que se seguem.

 

Filipe Albuquerque

Filipe Albuquerque

Só mais 2 episódios, o primeiro é a estupidez dos regulamentos, que nesta prova obrigavam a que os pilotos que têm menos uma paragem, sejam forçados a dar a posição a quem vem atrás com pneus novos, este deve, portanto, ter a passadeira vermelha estendida, mesmo que os dois pilotos  estejam na mesma volta e a lutar por posição.

Há regras estúpidas, mas esta, sinceramente, é uma verdadeira aberração.

 

O segundo episódio foi a “guerra” ao melhor estilo Nascar, entre Gary Paffett e Edoardo Mortara.

Mortara umas voltas antes da tragédia

Mortara umas voltas antes da tragédia

Tudo aconteceu perto fim, logo após a paragem do italiano da Audi, que perdeu demasiados segundos na box para troca de pneus e viu-se ultrapassado pelo inglês à saída das mesmas. Como o italiano tinha pneus frescos, rapidamente se colou ao Mercedes e começou a ameaçar ultrapassá-lo, o que veio a conseguir de uma forma pouco ortodoxa, enfiando a dianteira do seu Audi, na traseira do Mercedes e empurrou-o para a escapatória da primeira curva do circuito, o melhor ponto para ultrapassagens.

 

Com a dianteira do seu Audi deformada, Mortara perdeu ritmo e não demorou muito a que Paffett o agarrasse e então, numa manobra de plena vingança, não deixou espaço ao italiano que não teve outra hipótese senão tocar no Mercedes, colocando ambos contra o muro a uma volta do fim.

Ainda acreditei que pudesse ver capacetes a voar, mas estes europeus são mais finos que os americanos e uma troca de palavras entre ambos, vá-se lá saber o quê e o problema ficou resolvido, para já, até que venham a ser punidos pelos regulamentos.

 

Em relação ao resultado da prova, poderão vê-lo  AQUI .

 

Em termos de campeonato e quando atingimos metade deste, os 5 primeiros ficaram da seguinte forma:

 

  1. Mike Rockenfeller – 69 pontos;
  2. Bruno Spengler – 67;
  3. Christian Vietoris – 55;
  4. Gary Paffett – 47;
  5. Mattias Ekstrom – 45,
  6. Robert Wickens – 45

 

A próxima prova deste campeonato será disputada no dia 4 de Agosto no circuito de Moscovo, até lá muita tinta há-de correr devido, não só à “guerra” entre Paffett/Mortara e porque não,  àquela estúpida regra da passadeira vermelha, ou azul neste caso, devido à cor da bandeira, quando mostrada aos pilotos com menos paragens nas boxes.

 

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