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Razia lusa lá para os lados de Indianapolis

Espero sinceramente que Álvaro Parente, Filipe Barreiros e Francisco Guedes, que vão competir nas 24 horas de Spa, daqui a umas horas, tenham melhor sorte que João Barbosa, Filipe Albuquerque e Rui Águas, que foram atingidos por um “tornado”  no circuito de Indianapolis, enquanto competiam no GP do Brickyard, prova pontuável para a Grand-am Series e com o aliciante de que Barbosa, na classe DP e Albuquerque, na classe GT, poderiam trazer para “casa”, a Taça NAEC, em ambas as classes. Ler mais…


Curvas para os 2 lados ou não, eis a questão

Estava a dar uma vista de olhos pela imprensa automobilista desportiva norte americana, sobre o que tinham achado da prova que se realizou em Eldora Speedway, a contar para a Truck Series, quando me passou pela cabeça, que devo ser dos poucos portugueses, que gosta de corridas em que se curva “somente” para a esquerda.

 

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Formula 1 em 1979

 

É de fácil compreensão que os fãs portugueses do desporto automóvel, achem que as corridas que têm curvas para os dois lados, é que são a verdadeira essência deste desporto, eu também nasci com essa ideia e mantenho-a, mas ao apegarmos-nos a uma ideia, deixamos de dar a possibilidade a outras, que também podem ser interessantes.

 

No final de 90, via resumos das provas da Nascar no canal 2, na altura era a Winton Cup Series e achava aquelas provas desinteressantes, as únicas que gostava, eram as de Daytona e Talladega pela velocidade e acidentes e as de Bristol e Martinsville, por achar fantástico como é que 43 carros conseguiam competir em tão pequenos espaços.

Tony Stewart em Daytona em 2001

Tony Stewart em Daytona em 2001

Acabei por “desligar”, afinal de contas nada tinham a ver com as minhas queridas Formula 1, Rallies e resistência.

 

Em 2004, por acaso, enquanto fazia uma visita à página da Nascar, num domingo ao fim da tarde, liguei-me ao live learderboard, ( live timing para os europeus ) e assisti a uma corrida qualquer que estava  a acontecer.

 

A dinâmica dos números era impressionante, a quantidade de ultrapassagens era absolutamente anormal, para o que estava habituado e o resultado foi, uma nova categoria do desporto automóvel, os stock cars, na minha lista de corridas preferidas.

 

Durante 4 anos, foi assim que via as corridas da Cup Series, depois vieram a transmissões das provas na net, o que apenas veio aumentar, ainda mais, este bichinho que vinha crescendo, prova após prova.

Gilles Villeneuve

Gilles Villeneuve

Entretanto, as outras 2 divisões da Nascar, a Nationwide e a Truck Series, também começaram a fazer parte do meu calendário de provas do fim de semana, com uma vantagem, agora tinha corridas para ver quase todos os fins de semana e durante boa parte do ano.

Hoje, sigo com tanto interesse uma prova de Formula 1, como da Cup Series ou Grand-am.

 

Tudo o que acabei de escrever leva-me a quarta feira passada, apesar da hora, era meia noite quando começou, tive oportunidade de ver a Truck Series a fazer história, as carrinhas iam, pela primeira vez, participar numa prova, em que a superfície era terra batida numa pequena oval.

 

Henri Toivonen

Henri Toivonen

Mas que grande espectáculo que foi, não havia o glamour do Monaco, o luxo dos grandstands de Silverstone, as bancadas que nunca mais acabam em Indianapolis, ou sequer, o espaço para que todas as carrinhas fizessem a sua paragem nas suas boxes ao mesmo tempo, mas havia uma casa a abarrotar de pessoas, sentadas em bancadas de madeira e na relva, vindas de praticamente todos os Estados do país, ansiosas para ver um espectáculo, que já não acontecia há mais de 40 anos e que era uma corrida da Nascar, em terra batida.

 

Aqui não há DRS, não há o botão PUSH TO PASS , KERS, curvas para a direita, ou zonas de detecção,  é  só a mestria na condução bem e depressa,  duma carrinha bem pesada, num terreno escorregadio, com mais outras 30 carrinhas, numa pequena oval de 0,5 milhas com banking nas curvas.

 

Foi assim durante as 150 voltas da prova

Foi assim durante as 150 voltas da prova

Não me canso de o “dizer”, foi um verdadeiro espectáculo, fez-me lembrar dois pilotos que adorava e que já não estão por cá, Gilles Villeneuve e o seu Ferrari “banheira” e Henri Toivonen no seu Lancia 037 , no tempo em que os rallies me faziam ficar acordado, para ouvir os tempos dos troços pela rádio.

 

Conseguem imaginar meia dúzia de Toivonens e 24 pretendentes, a competirem, porta com porta entre si, durante 150 voltas  ??

Não conseguem, eu não consegui e tinha uma ideia do que poderia ser, e depois de ver, superou em muito as minhas expectativas.

Let´s go dirt racing boys

Let´s go dirt racing boys

Não foram só as minhas, as reacções por parte dos fãs, do outro lado do Atlântico, foram astronómicas, a imprensa da especialidade, não fala de outra coisa e logo numa altura, em que os stock cars estão  em solo, para muitos sagrado do mundo das corridas, Indianapolis e a Nascar, essa,  ficou de tal forma pasmada com o impacto, que quer repetir a dose para o ano.

 

Quem não arrisca, não petisca e a Nascar, desta vez petiscou big time, tem agora a oportunidade de fazer voltar, ainda que  esporadicamente, os seus stocks cars à terra batida e, porque não, recuperar muitos dos fãs que vem perdendo ao longo dos anos.

 

Recordam-se ainda do titulo deste artigo, pois é, a somar às curvas apertadas de Monte Carlo, à fantástica oval de Indianapolis, aos saltos das estradas da Finlândia, às rectas de Le Mans, às areias e pedregulhos do Dakar, ao banking de Daytona e Bristol, chegou a hora de colocar a terra batida da pequena oval de Eldora Speedway, também na lista.

 

A emoção da rapidez, a resistência do piloto, a estratégia nas boxes, o arrojo do motociclista, a ultrapassagem fantástica, não é propriedade de apenas uma categoria e hoje, mais do que nunca, com a ajuda da World Wide Web,( net para os amigos ) isso, está mais que provado.

 

 

 

 

 



Absolutamente fantástico

Quando soube que as carrinhas da Truck Series iriam até Eldora Speedway, para uma prova em terra batida, algo que já não acontecia à mais de 40 anos, o meu primeiro pensamento foi, tem de bater certo. Ler mais…


Os pilotos portugueses em Spa

Também serão 3, os pilotos portugueses, Álvaro Parente, Filipe Barreiros e Francisco Guedes, que vão participar nas 24 horas de Spa, prova a contar para a Blancpain Series e que é o ponto alto deste campeonato. Ler mais…